Lisboa - Syanga Samuel Abílio, actual Vice-Ministro do ambiente de Angola é apresentado em círculos competentes como parte de um espectrum que o devolveria a Sonangol para assumir a Presidência do Conselho de Administração, em substituição de Manuel Vicente cuja previsão de saída do cargo esta prevista para o dia 22 de Outubro.
Fonte: Club-k.net
Em disputa com Baptista Sumbe
Dois administradores da empresa, Baptista Sumbe e Francisco Lemos Maria que são vistos como outros potencias candidatos tem os seus nomes pendentes. Ambos são agora ligados por um sentimento de reservas por efeito de um incidente de usurpação mutua de competências.
Baptista Sumbe é tido como o preferido de Manuel Vicente porém não é da simpatia de José Eduardo dos Santos. Francisco Lemos Maria que goza de aceitação interna (na Sonangol) e sobretudo de figuras do regime da linha de Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, vêem nele um tecnocrata para utilidade interna (é pouco político e muito recto). Lemos Maria esta, entretanto, em vias de deixar a petrolífera, tão logo que Manuel Vicente saia do cargo de Presidente.
Manuel Vicente, o PCA, é descrito como um modelo de estabilidade no seio dos administradores razão pela qual, ventila-se, para a sua sucessão alguém que não faça parte do grupo da actual direcção. O recurso que se faz ao nome de Syanga Abílio como parte da linha de sucessão de Manuel Vicente é associado a este desencontro de figuras de consenso no conselho de administração da petrolífera estatal. Syanga Abílio que é geólogo formado na Argélia é uma figura que em 1990, exerceu interinamente as funções de director geral adjunto da sonangol para hidrocarbonetos. Desde então, enquanto foi membro do Conselho de Administração, nunca se distanciou da fama que o tinham como um “Vice-Presidente”, designação inexistente no organograma da empresa.
É descrito como um quadro tecnicamente “muito competente”, e a dada altura, uma corrente associada a Manuel Vicente, passou a tomar-lhe como alguém bastante influenciado pelas políticas do ex- director geral da Sonangol, Joaquim David, o que no ver, de tais círculos, o mesmo se distanciava da filosofia do actual PCA.
Na altura, da remodelação do actual Conselho de Administração, Syanga Abílio seria afastado em conseqüência de uma intriga ligada a uma reclamação que as autoridades da RDC/ Kinshasa fizeram a respeito da parte da produção petrolífera de Angola, dos blocos 14 e 15, a pretexto de estarem em seu território. Face as ligações étnicas ou culturais que tinha com figuras daquele país (é natural de Maquela do Zombo e formou-se na Argélia), a corrente oposta a si, promoveu intrigas que o apresentavam como suspeita de que teria sido ele a passar informações privilegiadas aos Congoleses. Tal precedente, divide ainda hoje as conjecturas, relacionadas ao seu regresso, como provável sucessor de Manuel Vicente.