Lisboa - O afastamento de Aguinaldo Jaime da coordenação da comissão de gestão da ANIP é justificado em meios com conhecimento do assunto como conseqüência de precedentes que passaram a ser desfavoráveis para o mesmo. De entre, todos os casos, vêem também a superfície o embaraço provocado aos compromissos sócias do governo causados por uma imobiliária “Bem Morar”, ao qual Aguinaldo Jaime denota ter uma postura de sócio.
Fonte: Club-k.net
Fez os lobbies da empresa junto ao PR
A “Bem Morar” é uma iniciativa ligada a empresa Build Brasil que opera em Angola a cerca de cinco anos. A imobiliária é tida por sectores em Angola por não ter obedecido a regras de investimento estrangeiro em vigor no país, pelo que as suspeitas, “da falha” viraram-se para a gerencia da ANIP. As autoridades angolanas notam também que esta imobiliária revela-se com comportamentos que indiciam estar prestes a deixar o país, havendo receio de que desonrem com compromissos de habitação, nas províncias de Luanda e Huambo. (Os interessados terão já adiantado no pagamento de casas que vão dos 180 a 280 mil dólares)
A ligação de Aguinaldo Jaime com a “Bem Morar” teria ganho visibilidade quando em Junho de 2010, convenceu o Presidente José Eduardo dos Santos, a receber, no palácio presidencial, Edson do Nascimento “Pelé”, o rosto de marketing desta imobiliária brasileira, a quem informou “detalhadamente” sobre o projecto habitacional para as duas províncias em referencia.
A saída de Aguinaldo Jaime da gestão interina da ANIP, teria sido protelada em função da procura de alguém que imitisse respeitabilidade mas também sem precedentes de desonestidade financeira. Maria Luisa Abrantes que até pouco tempo representava a ANIP, nos Estados Unidos mostrou-se inicialmente desinteressada/indisponível para aceitar o cargo de PCA mas acabaria por considerar a proposta no seguimento de uma intervenção de Carolina Cerqueira, a Ministra da Comunicação Social que o convenceu a aceitar.
São desconhecidas as motivações de fundo da inicial recusa da mesma, porém, há correntes que associam-na a reservas por efeito de uma “marginalização” a que foi tendo nos últimos meses. Numa das suas recentes deslocações a Luanda, Maria Luisa Abrantes teve de ir ao palácio presidencial fazer uma “confusão” protestando ao acesso directo que lhe estava a ser vetado.
Tal como Aguinaldo Jaime, a nova PCA, da ANIP , é jurista de formação e detentora de varias pos graduação. Viveu na capital americana por mais de 10 anos como conselheira diplomática da embaixada angolana em acumulação com a chefia da representação da ANIP. É a mentora da imagem das políticas de incentivo ao investimento do Estado angolano em cadeias internacionais como a CNN. Goza de respeito externo e é das raras personalidade angolana cujo nome não é associado a casos de corrupção.