Lisboa – O recuou inesperado do Vice-PR, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, em não ter comparecido na 66ª sessão da Assembléia- Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque onde iria representar o Chefe de Estado angolano, foi em função de um acidente vascular facial, que o deixou retido em Londres, onde se encontra desde o passado dia 4 de Setembro.
Fonte: Club-k.net
Em Londres a quase um mês
“Nandó”, previa sair da capital britânica directo para Nova Iorque, onde seria aguardado no dia 19 do corrente, com espectativa. Entretanto, o Ministro das relações exteriores, George Rebelo Chicoty, que se encontrava em Portugal e que ia ao seu encontro acompanhado de uma delegação de alto nível (que integrava também o ministro da Saúde, José Van-Dúnem) acabou por ser ele a discursar na Assembléia das Nações Unidas, em representação ao Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.
Esta é a segunda vez que num período de dois anos, o Vice-PR, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” é assolado por um acidente vascular. O caso mais notório ocorreu em Fevereiro de 2010 que precipitou a sua evacuação para a capital Inglesa, onde em conseqüência de lesões sofridas num antigo acidente de viação, passou a sujeitar-se a exames clínicos regulares no Cromwell Hospital.
A presente alteração do estado de saúde do Vice-Presidente apanhou-lhe numa altura em que denotava estar com a moral em estado atípico em conseqüência de imprevistos que foram acontecendo, na sua vida política. Figuras ao seu redor referem que terá ficado muito sentido pela forma como foi exposto numa publicação privada em relação ao seu recusado pedido que previa a demissão do Ministro da Saúde, José Van-Dúnem.
De acordo com leituras abalizadas, Fernando da Piedade “Nandó”, passou a estar remetido a um espectro de isolamento político que sobrepõe a sua faceta de herdeiro constitucional do “trono” angolano. Era a dada altura, o potencial sucessor de José Eduardo dos Santos, e tal desiderato deixou-o convencido desde que em Abril de 2006, o PR, no seguimento de uma intervenção medicinal no Rio de Janeiro, chamou-lhe, (na ausência de Roberto de Almeida , então numero dois do Estado angolano) para transmitir orientações que prevaleceriam caso não viesse a resistir na sala de operação.
Nos dias de hoje, “Nandó” é visto como tendo deixado de fazer contas para a uma eventual sucessão presidencial em Angola, num quadro cujas as atenções populares viraram-se para o líder da Sonangol, Manuel Vicente. Perdeu também alguns aliados, dentre, os quais, o ministro do Interior, Sebastião Martins que passou a estar num processo de afirmação própria. Circula em Luanda que uma corrente conotada a Sebastião Martins terá desmantelado e expulsado de Angola, sócios seus, ligados a Arosfram.