Benguela - Angola viveu recentemente uma situação inédita. Trata-se da grande entrevista concedida pelo Presidente da UNITA, Isaías Henrique Ngola Samakuva, via internet Facebook, no 3 que se estendeu até dia 4 de Outubro pela madrugada, à Vanessa Mayomona, no primeiro dia e no segundo com a participação de vários interlocutores. Entrevista jamais concedida por qualquer um político angolano.


Fonte: Club-k.net


Esta entrevista teve lugar na chamada “Mesa de Fogo Virtual”, que foi mesmo considerada como sendo uma grande revolução cibernética.


Os vários interlocutores fizeram perguntas desde a sua vida pessoal, passando pela situação sócio-político-economico e cultural do país, com ênfase a situação interna do Partido por si liderado.


Dr Samakuva de uma forma descontraída, com a maior serenidade, foi respondendo as questões de forma aberta, transparente e sem equívocos. Mesmo até as perguntas provocatórias.


Esteve aí, bem patente a finura de um líder que se preza democrático, sensível e conhecedor profundo da realidade angolana, assim como da situação geopolítica actual do continente africano e do mundo. Samakuva deu provas de capacidade ímpar, de num futuro não longínquo, dirigir e transformar em realidade as aspirações do povo angolano, numa sociedade igual para todos. Uma sociedade mais justa e equilibrada em todos os seus paramentos.

 

O que mais admirou as várias centenas de internautas, que acompanharam a entrevista, foi a sua versatilidade política, desprovida de intrigas, calúnias, bajulação, egocentrismo, enfim, tudo aquilo que tem caracterizado os políticos governantes e outros da nossa praça.
De facto, quem tem acompanhado as suas deslocações pelo país a dentro e aquilo a que a UNITA tem vindo a chamar por jornadas patrióticas, não há sombra de dúvidas da popularidade que goza no país e como o seu Partido tem vindo a crescer nos últimos anos, com particular realce nos últimos meses. Dr Samakuva di-lo e bem “o que vemos na TPA é mais propaganda”.

 

Se por ventura, alguns dos seus interlocutores tivessem a oportunidade de acompanhar as actividades da UNITA pela televisão angolana, talvez não tivessem levantado questões de popularidade. É realmente, preciso ver para crer. Infelizmente, aos angolanos está vedada o direito de ver diferente na TPA, senão as actividades do MPLA. Isso, tem de facto afectado até mesmo alguns intelectuais no interior do país e na diáspora.

 

Os políticos angolanos precisam de facto, na IV República mudar o curso do seu relacionamento com o titular da soberania que é o povo. A interacção entre os governantes e o povo de tem ser uma constante.

 

O MPLA procurou nas eleições 2008 reduzir administrativamente, a UNITA a 10% com fim de tornar as suas actividades, no decurso dos 4 anos seguintes, num inferno. Pois que a popularidade não se inventa. Foi assim na semana fim no Município do Lobito no bairro Alto Akongo ludibriou a população para uma reunião sobre a problemática de energia e de construção de um mercado, onde os futuros vendedores beneficiariam de um micro-crédito no valor de 50 mil kuanzas. Quando a população deu por ela, pois, era um comício que estava agendado. A população em gesto de insatisfação abanou o local em massa, deixando o administrador com o seu staff no terreno.

 

O MPLA para aglomerar a população tem de encerrar mercados, hospitais, escolas, administração, tudo quanto for possível. Aconteceu no Huambo na inauguração do C.F.B, onde até populares levados a forças das suas aldeias, para a cidade, bem naquele estilo dos contratados num passado não muito longínquo, para desmaiarem de fome e serem tratados de camponeses analfabetos.


As convulsões sociais não se compadecem com a vontade dos escravizadores. As convulsões sociais são fruto de uma má governação – exclusão, nepotismo, branqueamento de capitais, bajulações, corrupção e má distribuição das riquezas que pertence a todos nós.