Entre outros concorre, e com a mesma legitimidade que os demais concorrentes - o reconhecimento é nosso - o Partido que despótica e arrogantemente tem governado Angola. Na sua arrogância e no despotismo que o caracteriza o Partido, antes de poder único e carcereiro, hoje de pretensões dominadoras, controladoras e senhoris, não teve tempo e muito menos humildade (minima) para explicar com alguma razoabilidade os nefandos resultados de uma governação de mais de trinta anos, a saber:

1)- A despeito do slogan propositadamente criado e várias vezes repetido "TEMOS DE TUDO", o que tudo não temos são os meios de aquisição dos bens de consumo e encontramos 68% da população na pobreza extrema;

2)- Bens próprios, nem falar deles valeria a pena se não fosse para frizar que uma escassa minoria, entre 0,7% e 0,5% tem milhões em riqueza acumulada e iligitimamente obtida, em contraponto com os demais ostracizados a quem lhes é retirado o direito à pequena e média empresa. Os pressupostos amigos e financiadores, vindos de outras paragens, ocupam com vantagem para os titeres do regime, esse espaço.

3)- A ausência de instrução e formação tem sido outra nota de grande relevo na governação do partido dominante. O analfabetismo atinge valores alarmantes - 58% - ao invés da média de outros paises africanos - 38%.

A ajuntar a esta desesperante situação, e ainda como resultado da fanfarrónica governação dos que se pretendem fazer passar por cordeirinhos, temos:

4)- A habitação quer social, quer própria é inexistente. Constroem-se condominios a que uma larga e significativa maioria não pode chegar. A saúde em franca e acelerada
degradação destinam-se uns míseros 4% do orçamento de estado, sendo uma miragem o acesso da população aos cuidados de saúde. Os tais com milhóes - 0,7% a 0,5% - para se curarem vão garbosa e faustosamente ao estrangeiro. Claro a custa do erário público.

Com este panorama ainda existem Ministros, que em plena campanha eleitoral afirmam que Angola tem biliões de dolares nos cofres nacionais e nos cofres estrangeiros. Tanto dinheiro para uns e tanta e tamanha miséria para milhões. Esses bilhões de dolares não são o saco azul para consolidar a corrupção institucionalizada, e comprar os votos?

Face a tão horrendo panorama nacional produzido por um regime centralista, arrogante incompetente e corrupto a FNLA, fiel ao seu lema principal " LIBERDADE E TERRA" pretendendo uma "ANGOLA PARA TODOS E TODOS POR UMA ANGOLA" propõe aos Angolanos uma Mudança.

A Mudança que todos ansiamos, fundada nas seguintes linhas mestras:

1)- Uma Nação coesa e um Estado livre e democrático;

2)- Uma economia de mercado, potencialmente livre, com desenvolvimento e crescimento económicos;

3)- Distribuição equitativa e justa da riqueza, tendo sempre em atenção os mais necessitados, através de politicas sociais adequadas;

4)- Criação e dinamização do mercado de trabalho sério, livre e honesto, que dignifique o homem angolano, institucionalizando o subsídio de desemprego;

5)- Ordenamento do território, coerente e humano, de forma a que as diferentes filosofias culturais da Nação sejam respeitadas e dinamizadas;

6)- Conscientes que a maior riqueza é o " homem" formar e valorizar os Angolanos, com politicas específicas para a juventude é uma acção urgente;

7)- A habitação e a saúde são lideres das politicas sociais e grande preocupação realização.

Os Angolanos querem uma Mudança. Uma mudança de regime, de sistema e de governo. Os Angolanos querem um regime mais angolano e mais livre; querem um sistema mais equilibrado e sério; e querem um governo eficiente, humilde e competente que, entre outras acções, dê combate intranzigente à corrupção e a todas as suas nuances. Os Angolanos querem. Os Angolanos podem. No dia 05 de Setembro.08 VAMOS MUDAR.

Assina este artigo um angolano a quem o despotismo lhe denegou o direito civico e politico do voto, por viver no estrangeiro. O direito de participação e mobilização dos meus compatriotas para a MUDANÇA ninguém me denega.

(*) Militante da FNLA
Fonte: NL