Luanda - Na verdade não quero fazer referência ao filme de ficção científica do realizador TOM HOOPER, porem uma ficção real da opinião pública que gira em torno do discurso a ser proferido por sua excelência; o Arquitecto da paz, pacificador, timoneiro, enfim, e tantos outros adjectivos que têm sido referidos pelos camaradas e afins de JES.
      

* Estudante de relações internacionais
Fonte: Club-k.net

Nunca um discurso, pronunciamento de sua excelência Senhor presidente da Republica de Angola ENG° José Eduardo dos Santos, foi alvo de tamanho protagonismo, ênfase, comentários formais e informais nos corredores dos mais variados segmentos sociais. E como se isso não bastasse, foi anunciado na pessoa do “príncipe da dinastia EME” uma manifestação de apoio ao “discurso REAL”. Afinal de contas o mais importante não é resolver o problema do povo?                               
       
Uma vez que o povo Angolano e a juventude em particular enfrenta MAKAS urgentes, só para citar alguns: exclusão social, criminalidade, desigualdade de oportunidade, altos índice de alcoolismo, os místicos casos de intoxicação, que por sinal já ceifaram vidas de jovens e deixando outrossim algumas sequelas psíquicas. Se concordarmos que as marchas, manifestações e contra manifestações nunca são á custo zero, pois elas, acabam culminando quase sempre em show musicais, maratonas de comes e bebes ( com custos e preços quase nulos), o que acaba multiplicando de forma exacerbada o uso do álcool.
        

Qual será então o teor do discurso do “Monarca”? Será que ele vai passar mesmo o bastão e a coroa  ao “imperador” do óleo da pedra como rola os boatos em portas e travessas? Parafraseando o papá ngulo e o Chico caxico; eu também não sei, eu também não sei… o que resta mesmo é esperar pelo XVIII dia, do décimo mês, do dumilésimo décimo primeiro ano, do “REI” JES.
        

Esperamos no entanto, que o discurso por muitos aguardado, venha efectivamente anunciar o corte da fita para uma Angola:

­ Mais inclusiva, com a repartição justa das riquezas;

­ Onde as oportunidades não estarão subordinadas a raça, genealogia, ideologia, cor partidária, tráfico de influencia, nepotismo;

­ Onde o pobre poderá ter uma casa, o indígena poderá usufruir condignamente do brilho dos diamantes, das benezes do petróleo, o crescimento e o desenvolvimento económico se reflectirá na vida do povo; 

­ O povo não terá apenas valor na época das eleições, os deputados defenderão não as cores partidárias, mas o povo que os elegem;

­Uma Angola sem prisões arbitrárias, crimes não esclarecidos, censuram, universidades com preços exorbitantes, impunidade à lei, abuso de poder. Enfim, uma Angola de todos e para todos os Angolanos, como dizem os franceses” quem viver verá”