Benguela - Mesmo depois de ter sido identificados os presumíveis autores morais e materiais, como o Direito gosta que seja dito, do assassinato do secretário Municipal da UNITA, Januário Cicaleta na madruga do dia 18 de Setembro,  a polícia Nacional classificou como sendo um crime passional, depois de ter sido classificado, primeiramente pelo comandante provincial da polícia nacional nestas paragens, senhor comandete  Sita (na foto), como sendo um crime político.


Fonte: Club-k.net


Dia 23 de Outubro o filho do malogrado, de nome João Cabino Januário Cicaleta, de 18 anos de idade, estudante de 12º ano de Ciências Jurídicas no mesmo Município, deslocou-se a comuna do Chingongo em visita familiar, onde pelas 16 horas do mesmo dia, foi surpreendido por um grupo de 3 pessoas, que o agrediram fisicamente, desferindo golpes na cabeça idênticos aos que levou a morte ao pai. Mas, felizmente, com menos profundidade. Os agressores disseram, estamos a citar ”temos de acabar com esta raça”.

 

Recorreu aos agentes da ordem pública da comuna, ao que foi respondido que se tratava de um assunto político, razão pela qual a polícia não podia a polícia fazer nada.


O facto é tão curioso, que o código penal de Angola pune qualquer tipo de crime, independentemente da sua natureza – ofensas morais, físicas, peculato e em certos casos até mesmo usurpação de poderes. Daí, que os crimes estão devidamente tipificados. Quer e seja no Código Penal bem como no Civil da República de Angola.


Este acto criminoso, levou-o ao hospital de onde lhe colocaram 12 pontos nos ferimentos. Naturalmente, que obrigou a ausentar-se das aulas por um período de 3 dias.


Regressado, as carteiras, um dos seus professores de nome Octaviano da Silva e militante do Mpla, alega que o jovem já não podia assistir mais as aulas porque já estava reprovado por falta.


Esta situação convidou a irmã do malogrado Ilda Teresa Cicaleta, técnica da Saúde no PAV, na cidade de Benguela a deslocar-se ao Bococio para junto da Directoria, onde disse ao director, “se o pai já havia sido morto por se ter tornado um obstáculo ao programas do Mpla no Município, logo o filho não podia ser vítima da opção política do pai. Bem dito. Porque em justiça ninguém pode responder pelo crime que não cometeu. Ela prometeu assumir esta bandeira dos direitos do jovem até as últimas consequência.

 

Assim, os criminosos andam a solta novamente. Este é mais um crime qualificado, por ter sido programado já algum um tempo, o extermínio da família Cicaleta. Para dizer, tudo que fizer parte desta família, companheiras do malogrado, filhos até mesmo de tenra idade, o pai do malogrado, irmãos, a qualquer momento podem ser abatidos no Município do Bocoio. Pena é, que está uma mulher por detrás disso tudo, que é a senhora Deolinda Valiangula, administradora Municipal.


 Até os estatutos da União Africana sobre os Direitos Humanos, dizem que a MULHER é o factor estabilizador da Paz, Reconciliação e Segurança Social. É verdade. Foi assim desde os tempos idos. 


 De lembrar que no passado dia 16 de Outubro o Secretário-geral da UNITA, o senhor Camalata Numa, deslocou-se aquele Município para render uma homenagem à família do malogrado e a representação do seu Partido naquela localidade realizando um comício, num tal largo que mesmo aquando da deslocação do presidente da UNITA o Dr. Samakuva no ano transacto, o espaço solicitado pela organização para o acto de massas lhes negado.


 Os militantes da UNITA consternados com a indiferença da polícia nacional, uma vez os criminosos continuarem a solta, procederam a colagem de panfletos denunciando os nomes dos autores morais e materiais. A administradora Municipal entrou num alvoreço de pânico e babedira conforme se diz na gíria, entrou em contacto imediato com o Governador Provincial, lhe fui recomendada retirar todos os panfletos, caso contrário a UNITA estaria proibida em realizar o seu acto de massas.


Valiangula, solicitou a polícia para retirar os panfletos, esta recusou que não era o seu trabalho. De recordar que o envolvimento de um agente da policia nacional no assassinato de ex-secretário da Unita no Bocoio, criou divisão no seio incorporação nacional. Deolinda, bem nas vestes de um chefe de posto colonial e seguida pelos seus cipaios (carro de patrulha da policia), pessoalmente andou de rua em rua a proceder a descolagem dos panfletos, ao que foi grandemente vaiada pelos populares presentes no local.

 

O que mais me entristeceu, é ver a senhora Dra. Deolinda Valiangula naquele papel tão ridículo, que não será nada abonatório para a história da sua vida no futuro. Ela estava tão bem como Directora do INE em Benguela. Arrastada pelo Mpla na pessoa do seu 1ºSecretáiro Provincial e Governador, para tornar-se numa verdadeira criminosa. Como o Mpla destrói os quadros nacionais!...


*Assinado por autor devidamente identificado