Luanda -  Fontes da aviação internacional consideram que o desempenho da TAAG-Angola Airlines neste ano de 2011 tem sido sofrível, muito distante dos padrões exigidos pelas autoridades mundiais do sector.


Fonte: makaangola.org


Um dos problemas mais referenciados tem a ver com a segurança nos voos. Para enxugar custos, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da companhia, Pimentel Araújo, entende que o mais fácil é “mexer” nas tripulações ao invés de cortar nos avultados salários pagos a um exército de expatriados por si contratados.


A estratégia de redução de custos do PCA da transportadora aérea angolana de bandeira sacrifica grandemente os assistentes de bordo e, por extensão, periga a segurança dos passageiros. Nos voos de longo curso o número de elementos do Pessoal Navegante de Cabine (PNC) foi reduzido até níveis que violam as normas internacionais da aviação civil. Ou seja, no afã de poupar dinheiro, Pimentel Araújo ordenou que além do chefe de cabine, nesses voos trabalhem apenas assistentes suficientes para cobrir todas portas.


Isto quer dizer que na eventualidade de um assistente de bordo adoecer num destino da TAAG e não tiver condição de efectuar a viagem de regresso a Luanda, o voo realiza-se sem um elemento do PNC. Isto compromete seriamente a segurança do voo, na medida em que, no caso de uma evacuação de emergência o que acontecerá é que ou uma das portas fica sem assistência ou a retirada perde a coordenação.


Por outro lado, o PCA da TAAG cortou as ajudas de custo das tripulações nos voos regionais (Joanesburgo, Cidade do Cabo, Windhoek, Lusaka, Harare, etc.), além de obrigar o pessoal de bordo a ligar Lisboa ao Porto de autocarro, quando disso há necessidade para realizar o voo de regresso a Luanda. Pimentel Araújo entende que a diferença entre a passagem de autocarro e do comboio rápido é de tal forma abissal que pode depaupera os cofres da transportadora.


Quando há necessidade dessas deslocações, as tripulações chegam ao Porto exaustas. Isto quer dizer que, se chamadas para uma situação de emergência, a resposta pode não ser eficiente, em função do desgaste físico a que são submetidas.


Outro problema coloca-se relativamente aos voos com destino a Havana (Cuba). A semana de descanso a que os tripulantes tinham direito depois de quase 14 extenuantes horas de voo foi considerado um “luxo desnecessário” e o tempo de repouso foi reduzido para 18 horas, após o que acontece o regresso. Logicamente que em caso de emergência a resposta da tripulação não consegue chegar aos 100% em razão do cansaço.