Lisboa –  Pelo menos,  em duas ocasiões consecutivas, o MPLA rejeitou  a proposta de lei  dos partidos políticos  da oposição parlamentar  para se efectuar  auditoria das eleições, no sentido de garantir a transparência e segurança tecnológica do processo eleitoral. 


Fonte: Club-k.net

Oposição quer  que  base de dados sejam fiscalizadas

A 23 de Novembro,  a Delegação do MPLA  que negocia com a posição,  o consenso para o pacote eleitoral, suspendeu as discussões, em  protesto  de dois artigos que a UNITA  propôs na mesa das negociações. Os  artigos  em referencia estavam relacionados a “transparência e segurança tecnológica”  e a “Auditoria independente”  das eleições. Os artigos reservavam aos partidos políticos concorrentes as eleições, o direito de  fazerem  auditoria aos  programas de informática  antes e depois das eleições para se ter certeza de que não sofreram alterações.

 

Numa outra secção de discussão, ocorrida a 26 do mesmo mês, o MPLA ameaçou  retirar-se da sala,   em reação a insistência da oposição em trazer a mesa das negociações,  os referidos  artigos que proporcionam   transparência nas eleições.

 

Em sessões posteriores, o partido no poder “aceitou”  algumas reclamações da oposição resumidas no seguinte ponto a saber: (1) - Aceitou  auditoria das eleições, mas sob auspício da CNE, contrariando a proposta da oposição segundo a qual os partidos da oposição que concorrem as eleições devem ter o direito de auditora do sistema do programa informático, antes e depois das eleições. (2) -   O MPLA aceita que outros programas sejam auditorados  excepto ao  FICRE  - Ficheiro eletrônico, também conhecido por base de dados. 


Ambas as partes ficaram de concluir os trabalhos a 8 de Dezembro. Até a semana passada, estavam como pendentes o seguintes pontos; a saber:


- Controle biométrico  do eleitor
- Arquitectura das  assembléia de voto
- Direito  dos partidos de auditar programa de  apuramento
- Direito  dos partidos em  ficar na sala de escrutínio
- Custodia da base de dados do registro eleitoral
- Composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) –


No  último ponto, o MPLA  quer a aplicação do  principio da maioria, enquanto que a oposição quer que todos  partidos com assento parlamentar  fiquem representados no sentido de os mesmos  verem  nonas eleições em pé  de igualdade.


As discussões sobre o pacote eleitoral decorrem desde o dia 16 de Novembro, após a reivindicação da oposição política   parlamentar ter abandonado uma sessão em que o MPLA pretendia aprovar  a referida lei, que segundo os partidos políticos, ela ia em violação  do artigo 107 que prevê, uma CNE independente do executivo. 


As recentes discussões, visam agora procurar consensos   quanto a Independência do CNE do executivo, controle do FICRE, composição da CNE e respeito as  leias no geral.


Faz parte das discussões, delegações de todos partidos representados na Assembléia Nacional, chefiadas pelos seus lideres parlamentares. Os debates são mediados por Paulo Kassoma, Presidente do parlamento angolano. As partes estão sentadas numa mesa de formato U. O Presidente da Nova Democracia, Quintino de Moreira, fica sentado no lado da delegação do MPLA, embora se  desconhece  a existência de algum acordo entre ambas as partes. Sabe-se apenas, que o mesmo não apóia as posições dos partidos da oposição.