Lisboa –  O MPLA,  vai   aprovar, esta sexta feira (09), o  seu pacote legislativo eleitoral.  O maior partido da oposição a UNITA, rejeitou  a proposta por   considerar  que  ainda não  respeita  o artigo 107 da Constituição, que determina que este deve ser independente do executivo.  O MPLA    pretende também  continuar  a fazer o registro “eleitoral anual” em 2012  quando a constituição estabelece que  o registro eleitoral é permanente.


Fonte: Club-k.net

UNITA rejeita cenário preferido de JES

A  CNE, de acordo com o pacote eleitoral do MPLA,  passará  a ser integrada por 9 membros do partido no poder,   3 da UNITA, 2 do PRS, 1  da FNLA, 1 da Nova Democracia e um Juiz.  O partido no poder é entendido como tendo a CNE, em seu favor, por contar com os 9  lugares dos seus membros, 1 da magistratura e o acento  da Nova Democracia.


A UNITA,  nas explicações que presta a sociedade,  considera que  os negociadores fizeram alguns avanços mas entende que nenhum partido deve controlar a CNE. Defende que todos os partidos devem fazer parte dela em mesmo pé de igualdade e não na base da percentagem parlamentar.


A quando as discussões, Raul Danda, deputado pela UNITA  teria protestado invocando que, configuração da CNE, com base no principio da proporção, permite que o partido vencedor de uma eleição parte para as  posteriores, em vantagem por ter o controle da CNE, em seu favor. 

 

Outro ponto rejeitado pelo MPLA é o sistema biométrico que permite o eleitor colocar o dedo no aparelho de leitura das impressões digitais e por sua vez fica registrado na base de dado que o mesmo já votou. A ausência de tal aparelho torna nulo o caderno  eleitoral. 


As discussões sobre o pacote eleitoral iniciaram no passado dia 16 de Novembro com o intuito de reunir consenso quanto ao assunto.  A margem dos  contactos ocorreram alimentos em torno dos partidos da oposição.  O PRS, por exemplo, aceitou em ultima da hora apoiar a proposta do MPLA,  em troca da inclusão  de 300 membros  seus, como funcionários,  em gabinetes eleitorais espalhadores pelos diferentes municípios do  país.


A Nova Democracia, notabiliza pelo seu  apoio as   propostas do partido no poder, deverá manter a sua posição.  Deseja apenas  o MPLA retira  do seu pacote eleitoral, o artigo  que extingue partidos ou coligação que não chegam a 0,5 dos votos nas eleições.