Brasil - Decadência, individualismo e covardia são os malesque se apoderaram de um Partido, que no passado já foi tido como a vanguarda  dos povos da África Subsaariana  e exemplo a  ser seguido, quando a questão era política e ideologia.


Fonte:  www.blogdonelodecarvalho.blogspot.com

MPLA: Uma carcaça para proteger  corruptos

A situação ridícula e o barulho sem precedente sem que se meteram a trilogia: MPLA, o Governo Corrupto de Angola  (e suas  instituições) e a turma dos bajuladores de plantão, está longe de ser uma luta por uma Angola democrática, livre, independente e pela Unidade Nacional.
 

Os últimos sucessos ou insucessos, Folha 8 & Regime,  são os reflexos de uma luta onde o individualismo sempre foi  coberto   com a craveira  da política e da ideologia. Estas duas fizeram dos diferentes partidos políticos existentes, nos últimos anos,inimigos mortais entre si, impossibilitando o posicionamento cívico, de uma maneira civilizada, da cidadania do homem angolano na resolução dos  seus problemas  e dos problemas  da nação.


Fazer política em Angola, nos últimos trinta e cinco anos, tornou-se algo obrigatório. E todos éramose somos, até hoje,  dependentes  crônicos de nossas ações políticas, que em tese reduziram-se  ( ou se reduzem) a defender  quem está no poder em detrimento daqueles que vivem na expectativa de alcançar o mesmo.  A dependência é tal que tudo o que se faz no país, para se alcançar o sucesso individual, dependeu sempre da afiliação política de se defender   partidos políticos.


Para muitos defender um partido, que define suas origens ( e aqui entenda-se o nascer, o viver e o morrer por ele) é  mais do que uma cultura. É a própria torcida do Barcelona, do Manchester Unit ou então a famosa  torcida do Flamengo ou Corinthians no Brasil. E neste período da nossa história em que os partidos políticos coexistem  na mesma arena social  e até política ( no mesmo espaço socio-econômico e ideológico), aquele principio de torcer, como se tivéssemos  torcendo para um time (club de futebol), tornou-se   um fenômeno interessante e inquestionável.   Um fenômeno em  que o rebanho de apoiadores  deve seguir  “o corrupto”, o chefe, o líder  ou então o mestre em frente  com suas ações. Sem se importar se estes já estão à beira do precipício com seus atos irracionais e individualistas.


Os três indivíduos retratados pelo Folha 8 são, com toda certeza, os representantes  de um regime   em  que  os bastidores  do mesmo  são  tidos como a caixa preta e secreta, inacessível aos cidadãos. Nós vivemos numa democracia, e não é estranho para nós que o MPLA reconheça isso. Bastidores são as coisas íntimas e secretas feitas no mundo das finançase da política. Que se saiba o MPLA com o seu discurso democrático até hoje não criou mecanismo que ajudem  a desmistificar  e a tornar transparente o que tem ocorrido nos bastidores da política Angolana.


A essência da democracia e do Estado Democrático de direito reside na desconfiança ou na confiança  que não se pode depositar aos homens  que dirigem à nação; a essência da democracia reside no controle prático, e sem retórica que atrapalhe este controle, de todos os atos dos agentes públicos que cuidam dos destinos do país, da nação e da vida de cada um de nós estabelecido no Contrato Social ( a construção de um Estado Democrático). Este controle ( ou estes) é feito com a prestação de contas, com uma imprensa investigativa treinada  e com liberdades  suficiente  para tornar  cada vez mais transparente  o uso e a aplicação de recursos de todos os tipos que pertencem a todos. Também, é feita limitando-se  os poderes de todos os agentes  políticos através das normas constitucionais  e as diferentes leis aprovadas  no legislativo ao longo dos processos legislativos.  Estas como aquelas sempre aprovadas, descaradamente,para dar proteção aos  corruptos  e pessoas que perderam a responsabilidade e o compromisso com a nação.


A verdade é que o MPLA ganhou as eleições. Todos nós votamos e apoiamos este partido, ajudamos o mesmo a se eleger ou a  se re-eleger, mas até hoje não provou  aos intelectuais e a classe media angolana  que é um partido verdadeiramente democrático. O MPLA decepcionou e vem decepcionando,  irritando de maneira arrogante e prepotente em cada um dos seus atos quando se trata de aprovar leis ou de impulsionar iniciativas que ajudem a democratizar o paíse  diminuir a desconfiança entre os Angolanos.


Por exemplo, denunciar que existe um roubo de trinta e dois bilhões de dólares no orçamento angolano ao longo de cinco ou dez anos, era coisa que a imprensa pública angolana deveria ter condições de descobrir,  se ela não estivesse a serviços de bandidos e corruptos  (como o Presidente da República, o Vice- Presidente e toda gama de generais que aí existem, fanfarrões e malandros). 


Foi o próprio FMI ( Fundo Monetário Internacional)  que anunciou e descobriu o roubo, uma organização que até o Governo de Angola reconhece  sua competência e credibilidade, já que o  mesmo governo, pelo que me consta, tem uma relação com aquela instituição  financeira, que consiste que a mesma audite suas contas de maneira parcial ou relativa.  A pergunta quetodos nós fazemos é: como não acreditar no FMI? Porque sempre existe um silêncio absurdo em todas as denúnciasinternas ou externas de acusação contra a corrupção?


Vamos aos seguintes raciocínios: Primeiro, o Governo de Angola não é uma instituição privada, assim qualquer “ boato”  de denúncia  sobre  lesão  aos cofres públicos  o mesmo deveria se dar o direito de investigar e ser competente para chegar a uma conclusão e desmentir diante da opinião pública nacional ( que é o que mais interessa), até onde termina o boato e começa a verdade. Porque de uma coisa estamos certos, sempre existe uma verdade a favor ou contra de quem seja que deverá ser revelada e responsabilizar culpados. E a obrigação de investigar deve ser vista, sempre, como uma obrigaçãoe de direito público. Aqui não deveria existir concessão ou negociação, é o direito público e a obrigação pública acima de tudo que é individual e privado. O governo angolano não tem nem competência para desmascarar os boatos em sua volta, mesmo tendo a máquina de propaganda que tem: TPA, RNAe o Jornal de Angola. Diante desta situação de silêncio e cinismo perde credibilidade e faz do MPLA ( um dos maiores Partido Africano de todos os tempos) uma carcaça para proteger  corruptos, gente oportunista e individualista e finalmente bandidos travestidos  com uma política e ideologia que ninguém mais acredita: se “o mais importante mesmo é resolver os problemas do povo”.


Assim, é papel do MPLA governar edirigir o país de tal forma que se livre dos corruptos e não fazer a guerra contra aqueles que combatem   a corrupção. Ainda que estes não se simpatizem com este partido politicamente. Ninguém tem obrigação de ser do MPLA ou provar que é primeiro do MPLA para criticar um corrupto no poder com o título de ex-combatente ou um Generalvencedor da Batalha do KuitoKuanavale.  Ser uma coisa outra não da direito a roubar, não dá direito a não ser criticado e não dá direito a não ser processado pelos seus desmandos de homem arrogante e prepotente.  E não é missão do MPLA vernos corruptos personalidades vitalícias e intocáveis.


Querem provas de que José Eduardo dos Santos,“ o bom nome da política angolana”,  é um corrupto? Primeiro, busquem as provase depois digam se elas existem ou não. Entre as mais simples destas provas está o tráfico de influência, desde que ele despertou diante das delícias do capitalismo e aprendeu em sonho as lições do Tio Patinhas.
 

Querem processar alguém por provocar instabilidade política, ódio, rancor e desconfiança entre os angolanos?  Condeneme processem primeiro o cinismo de José Eduardo dos Santos. E, finalmente, mudem a Constituição e as Leis que protegem os corruptos.


Querem Paz, Unidade Nacional e acabar com a miséria salvem o MPLA dos corruptos!