Lisboa – A UNITA   recebeu,   do Estado angolano, em finais de 2011,  perto de  12 milhões de dólares como primeira avalanche da divida  correspondente  ao valor do  seu  patrimônio  que foi  apoderado  pelas autoridades angolanas  ou figuras a si, ligadas, no seguimento do retorno ao conflito armado, da decada de noventa. 


Fonte: Club-k.net

Dossiê: Devolução do patrimônio

A  divida no seu todo é orçada em 95 milhões de dólares que corresponde a soma, em dinheiro de   imóveis como  sedes e residências dos seus dirigentes, nas principais cidades do  país e que foram  adquiridos ainda ao tempo de Jonas Savimbi logo apos aos acordos de paz de bicesse de  1991.


Pelo menos, em  três ocasiões, o líder do partido, Isaías Samakuva levou o assunto  ao Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos através de audiências concedidas  tendo manifestado que desejava ver resolvido o assunto da devolução dos seus imóveis.  Na última  ocasião, em Novembro do ano passado,  a delegação da UNITA, apresentou duas formas de resolução, que seria  a  recuperação dos imóveis por equiparados ou indeminicação correspondente ao valores dos mesmos.


De inicio as autoridades angolanas haviam optado pela  devolução dos mesmos sob alegação de não dispor  de capitais tendo, o Chefe de Estado,  delegado o assunto, para   uma comissão, chefiada pelo Chefe da Casa Civil, Carlos Maria Feijó,  que tinha a missão   restabelecer contactos com um representante da   UNITA, Adalberto da Costa Júnior, que responde pelo patrimônio do maior partido da oposição. 


A parte dos valores avançados terão sido  aplicados  para realização do XI congresso partidário realizado, na segunda semana de Dezembro em Luanda.  Não há conhecimento de quando será saldada a  segunda parte da divida.


Embaraços


Por outro lado,  a  entrega dos valores terá sido aproveitada por parte dos sectores do regime que colocaram rumores postos a circular  insinuando que  foram os mesmos (entenda-se regime) que patrocinaram o congresso da UNITA. A idéia foi promover  a mensagem de que “esta” a direcção  estaria comprometida com o MPLA. Em reação,  sectores internos da UNITA, culparam a própria  direcção, por não ter   informado aos militantes  que já receberam uma parcela dos valores do  processo da devolução do  seu patrimônio.