Washington  –   O Conselho Nacional de Inteligência do Departamento de Estado Norte Americano  promoveu,  no passado dia 17 de Janeiro, em Virgínia, uma conferência à porta fechada (off the record)  que abordou fundamentalmente cenários e novas dinâmicas após a saída do Presidente José Eduardo dos Santos do poder. Entre outros temas, o encontro tratou também das “Perspectivas de  Influência de Angola  em África”.


Fonte: Club-k.net

EUA prepara-se para redefinir política para  com Angola

Theresa Whelan, que no Conselho Nacional de Inteligência responde pelos assuntos africanos, fez a abertura da conferência e acompanhou os trabalhos.


Dividido em dois painéis, a iniciativa  juntou acadêmicos e especialistas em questões de Angola  e africanas. O primeiro painel teve como tema  abrangente “Compreender o MPLA”. Os oradores discorreram sobre três prismas da questão, nomeadamente a política, económica e de segurança.  A primeira parte discutiu o  legado de José Eduardo dos Santos, as perpectivas para a sua sucessão, as reformas políticas, bem como se produziu uma análise comparativa com outros países produtores de petróleo. A segunda e a terceira partes foram animadas com discussões sobre o futuro da economia angolana e o papel das instituições militares e de segurança nos próximos anos. O segundo painel apresentou  perspectivas sobre as eleições de 2012, o papel da UNITA e de outros grupos de influência nos próximos tempos.

 

A referida conferência foi realizada no sentido de colher contribuições  destinadas à redefinição da política norte-americana para com Angola. O Conselho Nacional de Inteligência invoca que  em  2010, a secretária de Estado Hillary  Clinton concluiu um acordo com o governo angolano para estabelecer uma Parceria de Diálogo Estratégico entre EUA - Angola e, por essa razão, organizou a  conferência com vista a apoiar o desenvolvimento de uma orientação   política que fortaleça o diálogo estratégico entre ambos os país.

 

As autoridades norte-americanas  referem ainda   que esta iniciativa pretende, também, contribuir para a formulação de políticas abrangentes e de antecipação ao crescimento da influência  angolana no campo  diplomático,  econômica, bem como do seu poder militar no continente Africano e suas implicações para os interesses dos EUA.