COMUNICADO DE IMPRENSA

 
Luanda
- O BLOCO DEMOCRÁTICO (BD), por ocasião do 51.º Aniversário do 4 de Fevereiro, inclina-se perante a memória de todos aqueles que tombaram, rendendo a merecida homenagem aos angolanos que protagonizaram essa acção espetacular que quebrou definitivamente a imagem da “harmonia das populações” e da inexistência de contestação séria à colonização portuguesa. Nesse dia começou a “acção directa” anunciada por Mário Pinto de Andrade, em Londres, no ano anterior. Estavam esgotados todos os meios pacíficos de autodeterminação e, perante ateimosia do ditador do Palácio de São Bento, não havia outra saída.

 

O “4 de Fevereiro” foi a primeira acção armada de impacto internacional dos nacionalistas angolanos, precursor do verdadeiro começo da guerra de libertação, que se traduziu no ataque às esquadras da polícia e às cadeias com o intuito de libertar largas dezenas de preços políticos angolanos em consequência de vários processos judiciais movidos pala PIDE.


O BD reconhece, que, não obstante a exaltação nacionalista dos heróis do “4 de Fevereiro”, a exiguidade dos meios, já que as principais armas eram catanas, fez fracassar a operação e permitiu o desabar de uma onda repressiva sobre os bairros suburbanos de Luanda que levou milhares de pessoas para as cadeias e desmantelou quase por completo as redes nacionalistas clandestinas.


O BD partilha a opinião de alguns historiadores que defendem que o “4 de Fevereiro” foi uma acção, de iniciativa local envolvendo elementos filiados em diversas organizações, entre os quais se destacou inequivocamente o Cónego Manuel das Neves, que apanhou de surpresa tanto os líderes do MPLA em Conakri quanto os da UPA em Libreville, facto que não impediu que o MPLA subscrevesse tal acção, declarando ter elementos seus a inspirá-la.


O “4 de Fevereiro”, constitui para sempre um marco da histórica nacional de todos e para todos os angolanos. É pois uma data que deve ser de UNIDADE DE TODA A NAÇÃO, as condecorações que têm acontecido nesta data, devem envolver todos os indivíduos ligados a acção, sem quaisquer distinções fundamentalmente de nível político partidário.


O BD deplora que volvidos 50 anos, dos objectivos do “4 de Fevereiro”, apenas esteja esgotado o ciclo da libertação nacional. É importante que comecemos desde já a trabalhar para a libertação social e económica do país, livrando-a de aproveitadores que têm privatizado o país, suas instituições e gentes.


O BD acredita que os angolanos estão ainda em tempo de honrar a gesta patriótica dos heróis do “4 de Fevereiro” se com a mesma exaltação patriótica e determinação assumirmos a nossa cidadania, travarmos a autocracia, a ditadura e a predação e construirmos o Estado Social de Direito através da luta por umsistema sólido de protecção social, de promoção do enriquecimento dos angolanos e da igualdade real, numa sociedade de trabalho, realizando assim, a libertação social prometida pelos  que se bateram consequentemente pela Nação.

 

Neste ano em que o “4 de fevereiro” comemora o seu 51.º Aniversário, os angolanos têm a oportunidade de poder dar um passo importante, para a libertação social, que é votar nas próximas eleições, em outras e novas opções e alternativas politicas para o país.

 

Para informação adicional, por favor contactar:

 

Will Bento Tonet, Secretário Nacional para Informação,

Telemóvel: 923654840, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.