Luanda - Nós estamos aqui no curral a observar os efeitos nefastos de um parasita que pretende atacar todas as consciências e apresenta-se, no mínimo, em duas mutações: a de Álvaro e a de Artur. Há muitas mentes indefesas que deixam-se parasitar facilmente, por não estarem prevenidas ou por por não terem capacidade crítica para a lenga lenga deste ser, sem qualquer interesse zootécnico, facilitador e protector da actuação de agentes patogénicos cleptómanos que, beneficiando da situação, contribuem para muitas doenças sociais.
Fonte: JA
Este ser, com duas mutações conhecidas, ambas com o mesmo efeito patogénico, defende que os Órgãos de Informação do Estado deixaram de ser espaços de liberdade para serem ocupados pelos poderes instalados. Ele acha isso um bem porque o poder foi legitimado pelo voto popular e sabe-se quem manda. O Álvaro & Artur é um inimigo declarado da liberdade de pensamento e de opinião, um anti-democrata, e demonstra incapacidade para evoluir para estádios de raciocínio mais avançados, que questionem os velhos paradigmas implantados. Ele defende a existência de Órgão de Informação por, pelos vistos, sentir-se incapacitado para aceitar a existência de Órgãos de Comunicação Social. Nós, aqui no curral onde estamos a observar esse parasita, somos defensores da existência de Órgãos de Comunicação Social, não dos Órgãos de Informação que tentam doutrinar e impor modelos de pensamento obrigatório para a sociedade.
O Álvaro & Artur defende e ataca os seus sofismas, em simultâneo, no seu longo aglomerado de palavras. Demonsta muita confusão de raciocíneo e, na entorpia cerebral, revela muita incoerência.
Nos sitemas democráticos, onde não se inclui o angolano, existem Órgãos de Comunicação Social, não Órgãos de Informação. Um verdadeiro profissional de jornalismo, o que não é o caso do Álvaro & Artur, aceita a diversidade de opinião e condena a existência de um poder judicial controlado e manipulado pelo sistema político implantado, como acontece em Angola. Nas verdadeiras democracias, onde acontece o debate de ideias de uma maneira construtiva, o paternalismo e a esquizofrenia evidenciados pelo Álvaro & Artur seriam considerados inimigos da liberdade de imprensa, parolismo.
O Álvaro & Artur entende que os Órgãos de Informação devem ser ocupados pelos poderes instalados. Em Angola, esses órgãos públicos são dominados pelo poder instalado porque “ele foi legitimado em eleições”. Como se depreende das palavras do Álvaro & Artur essas instituições devem estar ao serviço do poder instalado e não do país, que tenta convencer-nos ter uma jovem cultura democrática. Ao mesmo tempo, o Álvaro & Artur faz parte do grupo de charlatães que procura fazer passar a mensagem de que “as próximas eleições é que vão ser sérias, independentes e transparentes”. Se as próximas eleições é que vão ser “sérias, independentes e transparentes”, o que não acreditamos, isso significa que todas as anteriores não o foram e, por isso, o poder instalado é ilegitimo.
O Álvaro & Artur é advogado da causa da existência de áreas indisponíveis para a Comunicação Social. Todas as pessoas medianamente inteligentes sabem que ele pensa assim porque é um defensor dos Órgãos de Informação, ocupados pelo poder instalado, para manipular consciências, tendências e resultados eleitorais. Daí a sua paranóia quando as notícias negativas sobre o poder instalado, em grande quantidade, são difundidas no estrangeiro, quando o Reigime tenta fazer passar a mensagem de que Angola é o melhor paraíso do planeta Terra e de que a sua DEMOcracia é o sistema mais inteligente e avançado na defesa dos direitos humanos. Quem não deve não teme uma Comunicação Social aberta, transparente e independente, sem estar ao serviço do poder instalado.
Eu não conheço outro país onde os filhos do presidente e os generais possuam fortunas tão multimilionárias e demonstrem uma ostentação tão desavergonhada como acontece em Angola. É uma autêntica aberração o disparate aventado pelo Álvaro & Artur quando utiliza as democracias francesa e americana e os seus presidentes para tentar limpar a imagem de figuras pertencentes à oligarquia angolana, multimilionária, com fortunas amealhadas de uma maneira, tudo leva a crer, desonesta.
O Álvaro & Artur pouco consegue ver para além do quintal do seu patrão. Não sabe o que são as campanhas eleitorais dentro dos partidos e entre os partidos na França e nos Estados Unidos. Ele não sabe qual é a diferença entre adversários e inimigos porque, na sua paranóia, define todos os que pensam diferente como inimigos. Ele também não sabe que nesses países não existem “áreas indisponíveis” para a investigação e para o debate público entre candidatos. O parasita do curral onde estamos a observá-lo , o Álvaro & Artur, também não sabe que a vida pessoal, profissional e os rendimentos pessoais e dos familiares directos dos políticos são investigados pelas instituições legais e pelos Órgãos de Comunicação Social, até ao mais ínfimo pormenor. Ele também não sabe que os órgãos do poder são independentes e os juízes que supervisionam e homolugam resultados eleitorais não são militantes dos partidos.
Numa nota final, quero registar a grande confusão que existe na mente do Álvaro & Artur e de muitos dos seus companheiros de fanatismo acerca da paternidade da Nação e da Democracia. Essa confusão transforma a mãe da Nação numa mulher de má nota, por ter gerado uma filha com vários pais. Eles dizem que os pais da Nação foram os revolucionários do 4 de Fevereiro, os militares das FAPLA, o Agostinho Neto, os generais e o José Eduardo dos Santos. Não conheço outra filha com tantos pais. Afinal quem é o verdadeiro pai? Se o Álvaro & Artur defende que o JES é o pai da Democracia angolana porque mandou matar tantos filhos da Nação? Porque deixa abandonados e na miséria tantos dos seus “netos, filhos dessa Democracia”? Porque acha que são desobedientes e mal educados os “netos, filhos da Democracia”, de quem o Álvaro & Artur diz que o JES é o pai, porque pensam de uma maneira diferente, de acordo com os valores culturais e civilizacionais vulgarizados na França, onde é Presidente o Sarkozy, ou nos Estados Unidos, onde é Presidente o Brack Obama?
Se existisse uma democracia em Angola, com uma Comunicação Social do Estado competente e com liberdade de informação, de debate e de investigação das fortunas pessoais dos novos-ricos e seus descendentes directos, o MPLA implodiria e o Álvaro & Artur estaria desempregado, a carpir mágoas por ser um defensor da ocupação das rádios, televisões e jornais do Estado pelo poder instalado. Se existisse uma verdadeira democracia em Angola o Estado não seria proprietário de jornais, televisões e estações de rádio bajuladores, manipuladores de consciências de uma maneira tão tacanha como a usada pelo Álvaro & Artur.
O Álvaro & Artur não é jornalista e incomoda-o a verdade que o sistema DEMOcrático pretende esconder.