Luanda - O empresário brasileiro, Albino Dzazio, 62 anos de idade, é a mais recente vítima dos sinais de descontrolo que criminalidade tomou em Luanda. Em pleno Belas Shopping o empresário foi alvejado com um tiro e levaram consigo cerca de sete mil dólares norte americanos.
Fonte: Angolense
Tudo aconteceu na quinta-feira, 07, por volta das 12 horas, quando Albino Dzazio, numa das cafetaria do Belas Shopping recebeu um envelope com cerca de sete mil dólares norte americanos e mais quinhentos mil kwanzas. Ao dirigir-se a sua viatura que encontrava-se no parque de estacionamento do Belas foi interpelado por dois indivíduos que se faziam transportar de uma motorizada de marca Honda, que mais não fizeram senão exigir que o mesmo entregasse o dinheiro.
Perante o pedido, Albino recusou- se em o fazer e em resposta os amigos do alheio dispararam contra a região do abdómen da vítima, pois tinham pouco tempo tratando-se de um local público que para além de guardas daquele estabelecimento tem sido notável uma patrulha da polícia.
Os marginais abandonaram o local sem deixar rastos, enquanto a vítima continua internada na Clínica Multiperfil onde já foi submetido a duas intervenções cirúrgicas.
Neste momento, segundo equipa médica daquele hospital, o estado de saúde do empresário é considerado delicado, pois a bala “alojou-se” na parte lateral esquerda da região abdominal.
Segundo fontes policiais até ao fecho desta edição quinta-feira, 14, ainda não tinham qualquer pista dos possíveis marginais. Um dos guardas em serviço naquele estabelecimento pertence a empresa denominada OMEGA, encontra-se detido porque na altura do roubo assistiu toda cena sem qualquer reação.
Segundo soube o Angolense, o guarda não terá intervido por alegadamente as normas da instituição não permitirem o uso de armas de fogo no período diurno.
Por outro lado, a nossa fonte alega que a polícia terá dificuldades em determinar os marginais na medida em que as camaras de vigilância do Belas Shopping estão avariadas.
Os peritos da DPIC ouviram também o colega da vítima que lhe entregou o dinheiro naquele dia, um cidadão português que jurou de “pés juntos” não estar envolvido no caso e mostrou-se surpreso pelo sucedido.
A polícia promete esclarecer o caso o mais rápido possível, mas a verdade é que este é em cinco meses o quarto assalto que um estrangeiro sofre. Dos cinco, três resultaram em mortes. Para os entendidos da matéria de segurança, a situação da criminalidade em Luanda é muito mais grave do que se imagina, pois quando marginais realizam assaltos em pleno estabelecimento público e considerado de alta segurança, é porque a criminalidade
tem estado a aumentar consideravelmente.
Enquanto a polícia mostra-se incapaz de fazer face a esta onda de crimes, quem não está para “brincar” são os meliantes que naquela mesma zona, no Instituto Nacional de Relações Internacionais (CIS), quatro marginais levaram todos os haveres de uma estudante e mais uma
vez a polícia não conseguiu esclarecer mais este caso.