Lisboa -  Está a avolumar-se, em meios que acompanham a situação do   SME- Serviços de Migração e Estrangeiros de Angola, indicadores  que desencorajariam a   recondução do actual  direitor nacional daquela instituição, João Maria de Freitas Neto,   nas próximas remodelações a serem feitas pelo novo titular do interior, Ângelo de Barros Veiga Tavares.  

Fonte: Club-k.net

A estimativa é apoiada  em elementos de informações a cerca de  situações descritas como “irregularidades administrativas” cuja confrontação foram constadas in loco pelo  Ministro. Na passada quarta-feira (17), o novo ministro Ângelo Viegas Tavares  promoveu, no anfitriato do ministerio, uma  Assembléia de trabalhadores que reuniu  funcionários do SME. Estes na presença do director nacional apresentaram reclamações contra a gestão de Freitas Neto culminado com episódios  de vaia.

Os funcionários queixaram-se  que   actual direção se manteve distante das preocupações dos quadros e que nunca tiveram uma Assembléia de trabalhadores para que pudessem ser escutados.  Fizeram saber que continuam a auferir um  ordenado muito baixo acrescido a ausência  de regalias sociais.

Como evidencia do distanciamento que a direção tem para com  os mesmos, uma  funcionaria Gisela Freitas  relatou o desfecho do episodio  de a poucos meses, em que ela e os seus colegas  tiveram numa viagem de trabalho a África do Sul em que foram  assaltados e quase que mortos.

Contou que ao regressarem  a Luanda não sentiram sentimento de solidariedade da direção da empresa  e que nem  sequer o director  procurou chamá-los para  se informar do que terá passado.  Na presença de todos, o director Freitas Neto, reconheceu a falha apresentando desculpas  mas em reação os trabalhadores vaiaram lhe gritando  que “as desculpas não tinham de ser ali”. (teria de ser antes).

Logo a seguir a reunião, surgiram interpretações, segundo as quais a mesma correspondia a  cálculos do ministro em colher   justificações  para eventuais  alterações que podem  vir a proceder na direção do SME.   Desde a semana passada, o DG adjunto do SME, Eduardo de Sousa  Santos que era uma figura ofuscada e sem poderes passou a ser visto  com protagonismo menos recalcado, que o conotam como “director interino”.

Tem estado a dar seguimento ao  levantamento das preocupações dos funcionários.  Eduardo dos Santos é o único membro da actual direção que não  é proveniente do SINSE- Serviço de Inteligência e Segurança de Estado. É  ao mesmo tempo o único sobrevivente da direção passada. Associam a sua sobrevivência política, ao grau de familiaridade que tem com a primeira dama, Ana Paula dos Santos.