Luanda - Durante a semana passada o Supremo Tribunal Militar continuou a ouvir a “dita testemunha-chave”, Augusto Viana que a instância da defesa procura justificar a sua inocência, cada vez mais difícil, por várias pessoas arroladas neste processo, para desgosto da PGR e Tribunal, terem tido a coragem e verticalidade de o acusar, pese a velada e descarada protecção.
* Ramos Sousa
Fonte: Folha8
Viana parece ser a única pessoa, que melhor saberá, como terá sido assassinado Joaozinho e Mizalaque, pois em vida, o superintendente, denunciou o comandante da Divisão de Viana, como sendo a pessoa que estaria interessada na sua morte. Mais é a pessoa quie melhor sabe, como desapareceram os milhões de dólares apreendidos. É o único, entre os demais, que pegou o dinheir e dele beneficiou.
A continuar a actual protecção o julgamento poderá resultar em mais uma farsa e a culpa morrer solteira, com os culpados em liberdade e os inocentes, no banco dos reús.
O testemunha Augusto Viana, eleito o “bibló” do Ministério Público, trem vindo a demonstrar que era um comandante ausente pois, não se entende que primeiro tenha dito ter a direcção efectiva da Divisão de Viana, e logo de seguida, dizer que existiam várias irregularidades no processo da apreensão dos valores pecuniários e das duas armas. Sobre isso, não fez nada; nunca disse nada, mentiu a todos e agora quer aparecer como o santo do convento..
No entanto, pese ser o deletor dos demais, de agora estar a comer no prato de outro dono, para alguma coisa, Augusto Viana serve a este processo.
Contra o que esperava a acusação, Viana, veio confirmar que Teresa Bernardo Pintinho, o filho e o esposo mentiram em Tribunal, quando aquela, se arrogou como dona dos valores monetários apreendidos, pois na opinião dele, o dinheiro é do Estado angolano, logo o procurador deveria estar mais interessado no seu paradeiro e defesa e não aceitar que o mesmo, em tribunal, tivesse agora novos donos, quando foram apreendidos com Fernando Monteiro, ex-guarda do BNA, que esteve preso por este facto, envolvido no processo da queima. Foi por isso que ele, Augusto Viana, tomou a iniciativa de pedir ao então Director da Investigação Criminal de Luanda para soltarem a senhora Pintinho e o seu filho.
Confirmou também que a família Teresa Pintinho-Gomes Monteiro mentiu quando apresentou a falsa versão de no dia 14 de Agosto de 2009, os polícias que realizaram a diligência na residência deles, teriam prendido todos os seus filhos, incluindo uma criança. “Só vi no Posto de Comando a senhora e um filho que pela fisionomia era maior de idade”.
Quanto ao resto fica difícil a sociedade acreditar nas palavras de um homem que já mentiu e assumiu, também, diante da comissão de inquérito, tê-lo feito, por mais de três vezes, confirmado, pelo inspector Nogueira.
Com o afastamento do director do F8 do elenco dos defensores dos réus neste caso, estamos agora em condições de passar em revista as sessões de julgamento, denunciando as falcatruas e manobras deste processo.
Desde o momento que Augusto Viana resolveu fazer o que Paulo Rodrigues e António João negaram por uma questão de coerência e princípios, isto é, acusar os seus colegas em troca da “liberdade” que hoje tem, mas que ainda assim anda assustado e com medo de tudo e todos porque a pessoa que lhe deu garantias de protecção e promoção na carreira profissional e na vida foi exonerado do edifício da marginal. Esta é acusada de ser o “engenheiro” de toda a trama, inicaida, judicialmente, em 10 de Fevereiro de 2012.
A prova do que aqui afirmamos são as confidências que Paulo Rodrigues e António João fizeram, quando explicavam como os tentaram aliciar, prometendo-lhes liberdade se ajudassem a acusar, Quim Ribeiro que é no fundo o principal alvo, já que o resto foram levados para florear a festa e mostrarem a sociedade que o Supremo Tribunal Militar é um órgão sério da administração da justiça e que só condena culpados e absolve inocentes.
F8 como sempre, na vanguarda, alerta a quem de direito a realizar uma profunda revolução nos órgãos de justiça militar, com separação real dos órgãos da Procuradoria Militar dos do Supremo Tribunal Militar, já que a promiscuidade é tão evidente que a olho nú, sem necessidade de óculos é visível.
Embora o caso Quim Ribeiro trouxe a luz quase todas insuficiências do sistema de justiça penal militar, todos os casos que foram julgados e decididos por este Tribunal, nos últimos dez anos, violaram quer a anterior como a actual Constituição.
Só assim se entende que os órgãos de justiça castrense procuram desde o início controlar os meios de comunicação social, influenciando a opinião pública através da publicação de artigos encomendados em troca de benesses.
Voltando ao cerne da questão, pouco ou mais se pode adiantar sobre Augusto Viana, já que o homem ao invés de responder as perguntas que lhe são feitas, passa a vida a disparar contra Joaquim Vieira Ribeiro, de tal sorte que, até uma criança sente nojo e enjoo do que ele diz.
Como pode um homem que diz ter sido o homem de confiança durante vários anos de Quim Ribeiro, vem agora dizer que o homem é um assassino e tem as mãos cheias de sangue sem que ele próprio tenha algumas manchas de sangue? Diz a sabedora popular, “diga-me com quem andas dir-te-ei quem és”.
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