A matéria publicada no ano de 2005, em que Hélder Cruz se julga caluniado e difamado fazia uma abordagem sobre a gestão da empresa, que na altura não pagava salários aos trabalhadores havia mais de dois anos.
Face à esta desesperante situação, os trabalhadores recorreram ao jornal que publicou uma reportagem sobre o assunto, sem qualquer intenção de ferir direito algum do director da Empresa Nacional de Pontes, segundo disse à Voz da América a editora-chefe, Suzana Mendes.
«A Elsa cumpriu com os requisitos obrigatórios como é o cruzamento de fontes, ouvir a pessoas visada na matéria que também, na altura, não quis prestar os devidos esclarecimentos quanto ao assunto. Daí que nós pensamos que este processo não é justo. É mais uma forma de pressão sobre a jornalista e esta casa e a nossa postura editorial.»
Suzana Mendes vê nesta acção, ainda que legal, do director da Empresa Nacional de Pontes, uma forma clara de pressão sobre o semanário que dirige.
Perante esta evidência, a direcção do Angolense vai recorrer aos meios legais à sua disposição para denunciar esta atitude coerciva.
«Neste momento constituímos advogado e estamos numa fase de denúncia pública deste facto, porque é importante que os órgãos da classe saibam que existe este facto. Quanto a mim este é mais um caso que visa coartar o direito de informar da jornalista e do público ser informado», referiu Suzana Mendes.
Fonte: VOA