Luanda - Cerca de 10 pessoas que se encontravam as  contas com a justiça na Comarca Central de Luanda, perderam a vida nesta terça feira, 03, durante um conflito entre os membros dos grupos Criminal Family e os Kamabatela que durou cerca de três horas. Uns morreram vítima de fogo posto, outros a pancada.

Fonte: Club-k.net

A briga originada  pelos membros do grupo Kamabatela (composto pelos detentos vindos dos municípios de Cazenga, Cacuaco e do distrito de Sambizanga) contra os seus arqui-rivais da Criminal Família, terá começado por voltas das 19 horas e somente terminou as 22 horas, após a intervenção das forças policiais. Durante o conflito registado as autoridades efectuaram vários disparos contra os detidos inocentes que procuravam refúgio no local.

 

Inicialmente a barafunda começou na caserna número um, onde ocorria dentro das celas uma pequena confusão entre os integrantes dos grupos rivais. Tendo em conta a agitação que se registava, sem a mínima preocupação dos efectivos dos serviços prisionais, que recusaram saber o que se passava, na referida caserna, os presos da caserna 6 (supondo que tratava se de um incêndio) romperam os cadeados das casernas um, nove e onze, a fim de socorrer os que lá se encontravam.


"Daí a confusão espalhou se. Os do Kamabatela atearam o fogo em várias celas onde se encontravam os do Criminal Family, na caserna um. Houve pessoas que morreram queimas e dezenas ficaram com queimaduras graves", avançou a fonte deste portal, acrescentando que houve igualmente pessoas ficaram feridos devido à pancada, com objectos cortantes.


Fonte fidedigna deste portal (que se encontra no local) revelou que tudo começou por causa das drogas introduzidas, no início desta semana, pelos próprios efectivos dos serviços prisionais, num esquema rentavelmente institucionalizada por estes.


"Sempre que os efectivos dos serviços prisionais introduzem droga dentro da CCL registasse uma confusão daquelas entre os dois grupos", explicou a fonte que escapou por triz passar por além, no decorrer do conflito.


Este portal apurou os apelidos de alguns efectivos dos serviços prisionais que facilitam (com mestria) a entrada de todo tipo de droga (tais como: libanga, liamba e alguns comprimidos, como Diazenpam entre outros) naquele estabelecimento prisional, dentre os quais são Cristalina, Léu e Bala Bala.


"Eles introduzem essas drogas nas lâminas de comprimidos, no pão e noutras vezes nos livros", revelou a fonte, acrescentando ser um esquema rentável. "Só para ter uma ideia, eles cobram 10 a 15 mil kwanzas por cada lâmina de Diazempam".


Após a facilitação da entrada pelos mesmos, as drogas são vendidas pelos próprios presos, identificados apenas por Bixarote e Maroame, a outros detidos a um preço meramente exorbitante, uma vez que a procura é tanta.


Neste preciso momento, a direcção da Comarca Central de Luanda evacuou dezenas de presos feridos graves para o hospital de São Paulo, enquanto os queimados foram para o hospital Neves Bendinha, localizado no bairro Popular, no distrito de Kilamba Kiaxi.