Montreal - Como se diz na gíria existem “males” necessários em política. A título de exemplo, alguns “dizeres” populares comungam que o desaparecimento físico de  Savimbi proporcionou o fim da Guerra em Angola. E, é de conhecimento geral igualmente que Angola só conquistará uma real democracia e avanços económicos significativos com a retirada  de José Eduardo dos Santos na senda política.

 

Fonte: Club-k.net

MPLA: Analfabetismo em democracia

Ora vejamos o paradoxo actual: Lopo do Nascimento é um dos nacionalistas da linha da frente que desde muito cedo dedicou-se na luta contra o colonialismo português. E, a base primária ou filosofia que defendia era que os portugueses devolvessem a terra  -Angola-  aos angolanos. Na mesma linha de pensamento Lopo de Nascimento e sua cúpula -MPLA- defendiam que os ganhos de Angola dos diversos sectores económicos deveriam ser distribuídos de forma equitativa, sabia e em tempo real.

 

Portanto, Lopo do Nascimento, como um dos maestros nos acordos do Alvor em representação do MPLA, sabe perfeitamente que “males” viciados impossibilitaram a realização dos princípios que ele “aparentemente” defendia: Não houve  a formação de um governo misto ou tri-partidário (UNITA, FNLA e MPLA) e tão pouco eleições nacionais em 1976 como se previa. O MPLA escorraçou barbaramente e sem piedade Savimbi e o pai do nacionalismo angolano Holden Roberto das resoluções derivadas nos acordo do Alvor.

 

E solenemente, no dia 11 de Novembro de 1975, o MPLA de Lopo do Nascimento sem explicar -segredo do estado- ao povo sobre as causas que levaram o seu partido a açambarcar o poder com as força das armas, arrogância e alto grau de analfabetismo em democracia  com  a cumplicidade de alguns filhos dos colonialistas português que pretendiam instalar-se permanentemente em Angola foram as premissas ocultas do MPLA.

 

Como fruto do golpe de estado realizado em 1975 pelo MPLA, Angola viveu contornos que manchou e atrasou negativamente no seu desenvolvimento democrático. Intelectuais capacitados na década dos 70 com uma visão distinta aos ideias ocultos do MPLA abandonaram o país e outros que não foram a tempo de abandonar o país foram executados em praças públicas de fuzilamento e apelidados como contra-revolucionários.

 

O roteiro político de Lopo do Nascimento, prende-se acima de tudo com episódios sangrentos.


A vida política de Lopo de Nascimento alongou até 2014 simplesmente porque contribui visivelmente para o engrandecimento do sistema ditatorial liderado por José Eduardo dos Santos.

 

E solenemente, no dia 11 de Novembro de 1975, o MPLA de Lopo do Nascimento sem explicar -segredo do estado- ao povo sobre as causas que levaram o seu partido a açambarcar o poder com as força das armas, arrogância e alto grau de analfabetismo em democracia  com  a cumplicidade de alguns filhos dos colonialistas português que pretendiam instalar-se permanentemente em Angola foram as premissas ocultas do MPLA.

 

Em resumo, Lopo do Nascimento é um nacionalista por excelência para os olhos adormecidos na esfera do MPLA. Em prol ao povo/massas populares não existem lembranças ou feitos públicos por ele elaborado e que tenha beneficiado directamente as massas.

 

A recordação mais marcante que  povo terá de Lopo do Nascimento será de ter sido o primeiro governante na história do MPLA que por factor (saúde) abandonou os campos políticos.  Não é segredo que Lopo do Nascimento pertence na geração dos africanistas que define  "cargos públicos" como  uma herança divina. Em outras palavras, ser chefe até a morte mesmo em condições debilitadas.

 

Enfim, quem será o próximo líder da época da “pedra” e com visão política direccionada a um sistema totalitário e com alicerces unicamente partidários que seguirá o Lopo do Nascimento?