Lisboa – O Juiz do Tribunal Provincial de Luanda, Carlos Baltazar quer ouvir o director Provincial da Investigação Criminal de Luanda (DPIC), António Pedro Amaro Neto, no âmbito do processo do assassinato do activista Alves Kamulingue de que decorre na capital do país.
Fonte: Club-k.net
Responsável policial revela-se indisponível
Em reação a uma notificação, o director António Pedro Amaro Neto fez chegar ao Tribunal uma carta alegando a sua indisponibilidade porque deverá fazer-se ausente para consultar medicas no Brasil.
A magistratura, por seu lado suspeita que este responsável da policia de investigação criminal esteja a evitar ao mediático interrogatório, uma vez que ele não apresentou nenhum justificativo medico que atesta a sua urgência em viajar para o Brasil.
António Pedro Amaro Neto que é declarante do processo foi ouvido a 13 de Novembro de 2013, na Procuradoria Geral da República. O Juiz Carlos Baltazar tenciona ouvi-lo novamente visto que um dos arguidos, Manuel Miranda, na altura dos factos chefe do departamento de investigação criminal da Ingombota alegou que nas vésperas dos preparativos do assassinato de Kamulingue, ele recebeu um telefonema de Amaro Neto orientando-o a criar uma equipa e contactar o delegado do SINSE em Luanda para auxilia-lo numa missão, todavia não especificada.
Segundo Manuel Miranda, citado pelo semanário A Capital, o director Amaro Neto, também deu-lhe o contacto do delegado do SINSE, no caso, António Vieira Lopes para então com este acertar o auxilio que lhe devia prestar.
Para além de Amaro Neto, deverá também responder em tribunal como declarante, o comissário Dias do Nascimento, a altura dos factos comandante em exercício da Policia Nacional em Luanda. Dias do Nascimento foi o chefe máximo da Policia a quem o então delegado do SINSE, António Vieira Lopes contactou para que tivesse a disposição os operativos de efectivos polícia que executaram Alves Kamulingue, em Maio de 2012.