Luanda - A Biocom encontra-se ainda na sua primeira fase de actividade, a qual, segundo Luís Júnior, director geral adjunto da empresa, só atingirá a maturidade em 2021, altura em que se prevê a duplicação na produção dos seus produtos e um investimento adicional de USD 520 milhões.

Fonte: Opais


Embora o processo de produção prossiga a bom ritmo, os produtos que a Biocom produz ainda são insuficientes para abastecer o mercado interno, pelo que o director geral adjunto da empresa, Luís Júnior, sublinha que a produção será duplicada a partir de 2021, período em que a primeira fase alcançará a sua maturidade.

 

Por enquanto, as atenções estão viradas para o que se produz, depois de a empresa ter prometido, em 2015, mais de 20 megawatts de energia para as províncias situadas ao norte no país. Na altura em que a Biocom começa com a primeira safra 2016/2017, que vai produzir 155 megawatts de energia eléctrica, o seu director geral adjunto disse a OPAÍS que actualmente aquela unidade industrial tem uma capacidade de produção de energia de 33 megawatts, mas que neste momento só produz 22 megawatts/ hora de energia, que é colocada na rede nacional de transporte público. “Temos que ampliar a rede para que possamos produzir mais.

 

Quanto à distribuição é responsabilidade da rede nacional de transporte público, e as informações em nossa posse indicam que a energia que a Biocom produz abastece a cidade de Malanje e o município de Cacuso”, explica o responsável.

47 mil toneladas de açúcar para o mercado interno

 

Embora considere que o país tem uma capacidade de consumo de açúcar de cerca de 300 mil toneladas anualmente, Luís Júnior acredita que 47 mil toneladas que serão produzidas na terceira safra, que teve início em Maio deste ano e vai contribuir para a redução da importação deste produto. “O que nós produzimos tem como prioridade o mercado interno, e quem acompanha o nosso percurso consegue notar que temos aumentado o número de produção. Recordo que no período experimental produzimos 3000 toneladas de açúcar, na segunda, 25 mil toneladas e hoje, com a terceira safra, vamos produzir 47 mil toneladas de açúcar e 16 mil metros cúbicos de etanol”, esclarece o responsável.

 

Embora ainda esteja distante, a fonte revela que, na segunda fase, a Biocom prevê aumentar a produção de açúcar para 523 mil toneladas, sendo que a partir de Julho a empresa começa a empacotar o açúcar com a sua marca Capanda. Além da energia e do açúcar, a Biocom produz 16 metros cúbicos de etanol, um número ainda insignificante se comparar com o que o país importa que ronda nos 80 mil metros cúbicos de etanol ano. A Biocom emprega 2.125 trabalhadores nacionais, sendo que 196 são expatriados e conta com uma carteira de 50 clientes.

 

A empresa está localizada no pólo agro-industrial de Capanda, em Malange, no município de Cacuso e ocupa uma área total de 81.201 hectares, sendo que 70.106 são agricultáveis e 11.095 são reservados à preservação permanente da fauna e flora local. A Biocom conta com o mais moderno laboratório agrícola do país, com capacidade para analisar solo, folhas, correctivos e adubos, fornecendo informações relevantes para a tomada de decisões técnicas que resultam numa melhor produtividade da cultura de cana.