Lisboa – O actual Ministro do Comércio, Fiel Domingos Constantino ordenou no passado dia 13 de Setembro, o Secrétario Geral do ministério para entrar em contacto com o Banco de Poupança e Credito (BPC) no sentido de solicitar a emissão de cartões cooperativos (credito) para si, para os dois secretários de Estado, para o Secretario Geral, para dois diretores e para a sua secretária, Maria Fernanda Lemos de Azevedo.
Fonte: Club-k.net
Pedido ao banco foi feito com confidencialidade
No pedido feito, de modo confidencial, o governante orientou o BPC a usar as contas publicas do “MINCO PAPAGRO – 0001-194739-011”, em nome ministério do comercio, a partir do qual deverão ser ativadas subcontas associada aos respectivos cartões. O POPAGRO é a abreviação do Programa de Aquisição de Produtos Agropecuários, lançado em 2013 pelo Ministério do Comércio.
De acordo com a distribuição feita, o ministro terá direito a um cartão de credito com 10 mil dólares disponível, os secretários de Estado com 8 mil dólares, os diretores com 7 mil dólares e a secretaria com a fasquia de 3 mil dólares. Ao total, o ministério do comercio desembolsar 50 mil dólares para os beneficiários usarem nas suas eventuais viagens ao exterior.
Chamado a comentar, em terno do assunto, o analista Carlos André encara este assunto com alguma suspeita. Para ele “faria algum sentido se os cartões de credito fossem imitidos para uma eventual saída ou missão de serviço do ministro mas não é isso que parece, porque se o ministro estivesse de viagem marcada, os dois secretários de Estado teriam de ficar em Luanda para não haver vazio de poder”.
Para Carlos André, “o facto de terem solicitado os cartões de forma confidencial e de usarem fundos de um programa agrícola, já revela que o ministro tem noção de que não esta a fazer uma coisa correcta. O ministro pode pedir quantos cartões de credito que desejar ao banco, desde que os fundos saiam da sua conta bancaria pessoal”
Nomeado em Março passado, Fiel Domingos Constantino foi na altura da sua nomeação visto como um quadro simples e desprovido de opulência , uma vez que vivia no município do Cazenga. Por outro lado, não há informações se continua no mesmo município ou se já se tenham mudado para um local como o Talatona.