Lisboa - O novo Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Banco de Poupança e Credito (BPC), Zinho Baptista Manuel, (na foto), abriu um inquérito para apurar em que circunstância chegaram as redes sociais um documento da empresa relatando um pedido do ministro do Comércio, Fiel Domingos Constantino, em que pedia acesso ao uso de fundos públicos do programa Propago para o carregamento do seu cartão de crédito pessoal e dos seus principais colaboradores.
Fonte: Club-k.net
PCE dá cobertura a uso de fundos públicos para cartões de créditos de ministros
De acordo com uma comunicação interna n.º 247/16, em posse do Club-K, Zinho Baptista alega que “no âmbito do processo de efectivação das normas de controlo interno e, tendo sido verificado o vazamento de informações de natureza confidencial, que respeitam a operações do Estado nomeadamente o oficio com referência n.º 466/GSC/SG/MINCO/2016, datado de 13/09/16;
Considerando-se que esta em curso um processo de inquérito para inferir as implicações e apurar responsabilidades inerentes a prática deste acto, determino: É suspenso do exercício da função de gestor da banca institucional, o trabalhador Salvador Xavier Cauleto”, lê-se na sua comunicação datada de 8 de Novembro de 2016.
Ventilações, em Luanda, sugerem o PCE Zinho Baptista terá procedido desta forma em função de uma suposta reclamação do ministro do Comércio, que lamentou sobre a exposição da sua pratica em pretender usar fundos públicos junto aquela instituição bancaria estatal.
Segundo pesquisas trata-se de uma pratica corrente dos membros dos executivo sob liderança do Presidente José Eduardo dos Santos (JES). Para o analista Carlos André, ao invés de se ir buscar culpados, o PCE do Zinho Baptista Manuel é quem deveria por o seu cargo a disposição ao invés de suspender trabalhadores.
Carlos André defende também que “o ministro do Comércio deveria também apresentar demissão em honra da ética governamental e por solidariedade aos funcionários do BPC que o seu amigo Zinho Baptista Manuel está a suspender”.
“Eu acredito que nada disso irá acontecer porque estas praticas gozam do apoio do Presidente JES, pois não é a primeira vez que este novo ministro é apanhado em actos de lesam o erário público, e é gratificado por voto de confiança de sua excelência”, lamentou Carlos André.