Lisboa –  Ângela Mingas, uma jovem arquitecta que coordena o curso de arquitectura na Universidade Lusíada de Luanda é  apontada em meios acadêmicos, na capital de Angola,  como  a preferida  para liderar, num futuro, próximo, a ordem dos arquitectos de Angola. São lhe atribuídas competências denotada no profissionalismo com que se aplica na docência.

Fonte: Club-k.net


 Tem pensamento próprio


O actual bastionario da ordem  é António Gameiro um arquitecto formado pela Universidade Agostinho Neto (Doutorado em Itália). Gameiro  tem analises construtivas sobre matérias da sua profissão  ao qual é chamado a dar  parecer, porem a classe dos arquitectos  denota-lhe inoperância reflectida na acumulação de  ocupações que tem (responde por uma instituição urbanística afecta ao governo provincial de Luanda). Esta próximo ao regime,  não obstante ter concorrido a deputado, nas eleições de 1992, pelas  listas da FpD/AD- Coligação.


 
De entre as referencias  que os arquitectos apontam como ausência de ambição da ordem destaque-se os seguintes pontos, a saber:


-  Fraco empenho traduzido na  ausência de liderança na sociedade; a ordem dos arquitectos raramente apresenta  posição técnica face ao desenvolvimento da sociedade; abstence sem comentar sobre as grandes obras no país mesmo as que são apontadas como estando na posição de risco.

- Abstenção no  anunciou da construção de um milhão de casas ao qual os associados consideram “um desafio interessante” que vão ao desencontro da  realidade angolana.

- Desacelarado numero de inscritos; abaixo de 260 membros

- Inacção em trazer para si o papel de órgão que autoriza o exercício da profissão no país

 

Em países como Portugal e outros, os arquitectos registram se na filial da ordem  da classe ao qual lhe é dado um numero que passara a usar nos seus projectos. (como acontece com a ordem dos médicos e advogados). Em Angola é o Governo provincial que autoriza o exercício da profissão de arquitectura ao que desagrada a classe.


Outra preocupação levantada  pelos associados  esta voltada ao facto de os  alunos do ensino médio do curso de arquitectura terem passado assinar  projectos arquitetônico (casa de um andar).  Refira-se que quando  uma  corrente de arquitectos levou a questão a Governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santos, esta havia de seguido convocado um reunião a nível do governo provincial mas a proposta não foi aceite porque um dos Vice Governadores, Bento Soito invocou na reunião que ao não permitirem que os técnicos médios assinassem projecto, o governo provincial estaria a “cortar o pão de varias famílias”.

 

No sentido de devolver dignidade a  classe dos arquitectos o nome de Ângela Minga é freqüentemente referenciado pelas seguintes observações,  a saber;


-  É coerente e não esta metida em esquemas burocráticos conforme a  fama que pesa sobre notabilizados arquitectos próximos a instituições ligadas ao governo provincial.


- É  quadro competente; na Universidade Lusíada onde lecciona aplica-se na medida de insentivos dos seus alunos; organiza excursão ao estrangeiro, recentemente  levou  cerca de 30 alunos para o Brasil a fim destes confrontarem se com trabalhos relacionados a área do seu saber;


- Denota interesse em participar em fóruns internacionais ligados a classe; em Outubro passado esteve a frente  de um fórum de arquitectos em Luanda

- Goza de reputação e prestigio no seio dos  acadêmicos,  em meios do  poder politico e da própria comunicação social em Luanda que mostra se  encantada nos seus pareceres (Já deu exclusivo a TPA e a um programa de referencia da LAC, Café da Manha)

 

Angela Mingas tem pensamento próprio, caso venha a liderar nos próximos anos a ordem dos arquitectos não sujeitara a classe a  subordinação ao  regime. Apresenta uma linha de reflexão que aponta para este caminho. No seu circulo familiar já chegou a ser chamada atenção pelas suas posições independentes.


Lhe é também identificado um novo  pensamento voltado ao resgate do valor econômico de certos edifícios em Luanda  dando a sua importância na valorização do patrimônio histórico da cidade.