Luanda - Senhora da Comunicação Social, jornalista e jurista Carolina Cerqueira, sabemos que tal como já o fez na Rádio Nacional de Angola e Televisão Pública de Angola efectuou no dia 4 de Março, uma visita as Edições Novembro onde mediu a forma como a sua direcção cumpre ou não com a missão reservada a ela, através do Jornal de Angola, Jornal dos Desportos e Jornal Económico, três títulos de imprensa onde o trabalho, cumprimento de deveres e diretos, e repartição de lucros quer saber como anda.

Fonte: Club-k.net

 

Assim a nossa primeira alerta é que a ministra deve saber que no dia dessa visita, a direcção desta empresa na tentativa de evitar que todos os trabalhadores da empresa, ou pelo menos, dos sectores mais activos e directos na produção dos três jornais tivessem um encontro com a titular da pasta, para poderem dar a conhecer os bons e poderes actos da actual gestão editorial, financeira e social, só tratou de juntar poucos editores mais o director José Robeiro e Filomeno Manaças e, depois, com elementos de outras direcçoes não informativas.

 

Queremos desde já deixá-la clara que, começando pelo lado bom, a dizer que as Edições Novembro se não tivesse um director como o actual, o jornalista José Ribeiro, os trabalhadores da empresa, não teriam os folgados salários.

 

É graças a este gestor que a vida social de muitos jornalistas melhorou, dado o poder de compra proporcionado pelo salário, que permite aos mesmos fazer empréstimos, pagar colégios e até mesmo faculdades para cursos que potenciam os jornalistas e seus familiares.

 

A ministra viu e ouviu estes sinais de mudança, mas ninguém teve a coragem de lhe dizer que, apesar destas melhorias, elas não tiveram a desejada correspondência no campo produtivo porque a maioria dos cerca de noventa jornalistas do Jornal de Angola, que apenas tem 24 páginas, dormem por cima das benesses.
Há jornalistas que ficam largas semanas, meses, anos sem sequer fazer e assinar uma entrevista, uma noticia, um comentário, uma reportagem. Escudam-se no trabalho de edição, o que não é justo.

 

É isto que enfurece o director José Ribeiro, porque havendo um editor e um sub-editor sobra tempo e espaço para produzirem também textos, não deixando apenas essa tarefa aos repórteres. Além do mais da referidas 24 páginas, porque o resto é um caderno de publicidade, é material retirado da Angop e outras agencias internacionais, o que também, repita-se, enfurece o jornalista e director António José Ribeiro, um director que a si abona ainda a virtude de ter ajudado a re-enquadrar muitos quadros do seu tempo, que encontrou de forma desprezada e abandalhada por Luís Fernando, casos dos já falecidos Orlando Bento, Manuel Dionísio, Gil Tomás e os ainda ativos Diogo Paixão, Osvaldo Gonçalves, Messias Constantino, Henrique Matos, Armando Estrela etc., etc.

 

Mas a ministra deve saber que o caldo também entorna a desfavor de José Ribeiro, sendo aquilo que é o seu lado mau, o que alimenta aquilo que sai na imprensa privada e mesmo nos corredores da pública.

 

O director Filomeno Manaças não contou ‘a ministra, sobre a luta que há entre o mesmo director de informação nomeado, superiormente pelo ministério com o director António José Ribeiro e o assessor português Artur Queiroz que passa a vida a destratar novos e velhos quadros da empresa que já encontrou, ele que fugiu para Portugal em 1976.

 

Há um grande e acentuado complexo de inferioridade de José Ribeiro em relação ao seu comparsa Artur Queirós que continua a insultar, a destratar, a aterrorizar muitos editores e jornalistas em plena redacção.

 

É demais o que se está a passar no jornal a ponto de hoje haver um ambiente tenso entre aquele cidadão português e os angolanos que dão o seu saber desde há muitos anos no Jornal de Angola.

 

É sinal de uma atitude colonialista e sobre isto se recomenda que se leia o texto do mais velho Brito Júnior de há duas semanas no Semanário Angolense sobre a atitude dos compatriotas de Queirós bem como obra do falecido jornalista Sebastião Coelho contando que em 1974 Queirós já fazia intriga junto do então presidente Agostinho Neto para destratar outros colegas que naquela altura pretendiam crias uma escola de jornalismo ) para se poder ver que Queirós comporta-se exactamente como os seus ancestrais: trouxeram a cruz para envagelizar catolicamente os nativos e atrás escondiam as espada como que durante cinco séculos colocaram Angola aos seus pés... como Queirós entrou contratado para o Jornal de Angola pela porta e guarida do amigo José Ribeiro para, agora, porta-se como o director na sombra, faltando respeito aos jornalistas da casa, tratando-os por burros, desconsiderando a competência dos mesmos, vociferando,enfim, mostrando que é o dono absoluto da verdade, da perfeição linguística e jornalística quando, afinal, não o é.

 

Há três exemplos, simples, e muitas das edições do jornal de Angola a mostrar que Queirós ao mandar José Ribeiro acabar com o sector de revisão, se pensava acabar com as falhas de edição – de edição, gráfica etc. – comprou gato por lebre em termos de correção.

 

Queirós e Ribeiro dizem que os quadros da redacção não conhecem os dirigentes, mas escreveram que Paulo Pombo em vez de Paulo Pombolo muitas vezes. Ribeiro escreve que o futuro de Angola se resgata no seu artigo A palavra do Director; escreveu que Kali é jogador da defesa, mas escreveram que é médio ofensivo.

 

A final do CAN foi entre a Nigéria e Ghana, mas noticiaram que foi entre Camarões e Egipto. Titulou que o MPLA cria difrecções (ou fracções?) quando devia ser direcções. Isto indignou alguns sectores do partido sobre que intenção estava atrás da gralha. Titulou Divulgação da Reúbliuca quando devia ser Divulgação da República.

 

A ministra deve saber e ser informada que ter um assessor é algo perfeitamente normal no terreno da gestão. Ter um estrangeiro a prestar a sua ajuda, colaboração e saber, é algo perfeitamente normal desde que seja mais valia, mas o que Carolina Cerqueira igualmente deve ouvir é que não é normal permitir que um assessor falte respeito a um quadro com a responsabilidade de Filomeno Manacas, nomeado pelo ministro da Comunicação Social, certamente, por competência e confiança política que, agora, Artur Queirós, tenta a toda a hora, directa e indirectamente, reduzir a zero, numa clara atitude de que só... Ele sabe tudo e mais ninguém, quando devia saber que Filomeno Manaça e outros quadros do jornal fazem-no anos a fio, bem ou mal.

 

A ministra deve saber que Artur Queiroz anos a fio preferia certamente estar no Rossio, lá na baixa de Lisboa, Portugal, a deleitar-se com os seus compatriotas, enquanto no Jornal de Angola, muitos dos seus actuais quadros escreviam linhas a rebater os actos da UNITA e carcamanos!

 

Devia saber que Artur Queirós, no jornal, além de Filomeno Manaças já insultou muitos jornalistas: Luisa Rogério, Beu Pombal, Nhuca Júnior, Alberto Pegado, Osvaldo Gonçalves, Carlos Alberto. Este, há dias, foi exonerado e, paradoxalmente, José Ribeiro não puniu Queiros por um favor que deve ter feito em Portugal. O mesmo já tinha acontecido quando insulou Filomeno Manaças e Osvaldo Gonçalves.

 

O então editor de reportagem Carlos Alberto levantou todas estas questões, mas ele, por essa ousadia, acabou vítima de uma exoneração. Neste aspecto, a ministra também deve ser informada, porque José Ribeiro está a ter uma atitude influenciada para dividir a redacção.

 

A ministra deve saber que é longa a lista de ‘‘incidentes’’ que este senhor vai tendo com editores do Jornal de Angola. Não há um que não tenha sido já importunado pelo senhor Queirós que afinal não é mago algum porque humanamente têm igualmente lapsos de pena e erros de palmatória, como os referidos atrás.

 

A ministra tem de saber que não estamos a incitar à rebelião, à desobediência, mas são estes insultos, jamais feitos pelos antigos directores ou assessores, que revoltam os jornalistas da casa.

 

A ministra deve saber que agora a palavra de ordem que em surdina vai pela redação do Jornal de Angola é: não se pode permitir isso por mais tempo. Tem de se resistir até que ou José Ribeiro ou Artur Queirós saiam, para que este ultimo não passe a repetir que ’enquanto eu estiver aqui neste jornal vocês vão sentir... ’’

 

Senhora ministra, de facto é esta a frase mais se ouve dele e de José Ribeiro. Caetano Júnior, sub-director de informação, atrás de Filomeno Manaças, e Manuel Feio, editor executivo, não são tidos nem achados em muitas posições editoriais.

 

Senhora ministra, é aqui onde ele, Queirós, porta-se como director, retirando competências a Antonio José Ribeiro e pisoteando Filomeno Manaças, Caetano Júnior, Manuel Feio, todos editores e sub-editores, o que é anormal.

 

Senhora ministra, anote isto: a proteção de José Ribeiro e Artur Queirós vinha de cima, indirectamente, de Aldemiro Vaz da Conceição, antigo porta-voz do Presidente da Republica, agora muito bem substituído por Mena Abrantes.

 

Aldemiro teve influencia na nomeação de Antonio José Ribeiro ao cargo de director do Jornal de Angola, mais por amizade, porque foram ainda vizinhos o que fazia com que José Ribeiro ouvisse mais Aldemiro e não o então ministro Manuel Rabelais.

 

Ele, José Ribeiro, por influencia do seu antigo vizinho e amigo, evocava orientações superiores, sem dizer exctamente se emanavam do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.


Senhora ministra, por causa destes abusos de confiança em nome do Presidente, havia chamadas de Ribeiro ao ministério da Comunicação Social que não atendia o que era mau.

 


Aliás, em Luanda sabe-se que quando a actual já sentiu essa atitude quando foi visitar as Edições Novembro, pois, chegou em primeiro e ainda lá não estava José Ribeiro.

 

A ministra deve saber que no consulado de Manuel Rabelais, sempre chegaram ao gabinete dele pilhas de informações sobre os desacatos de Artur Queirós, mas o ministro sabendo das cumplicidades pessoais que José Ribeiro tem com o Aldemiro da Conceição, evitou tomar uma decisão.


O actual director nacional de informação, José Luís de Matos, uma pessoa equilibrada e que até conhece as Edições Novembro sabe de todos os actos.

 

Nas vezes que Manuel Rabelais tentou colocar ordem sempre acabou ignorado, hostilizado mesmo.


Quem conhece de perto o dossiê diz que bastas vezes José Ribeiro mandou o caixote de lixo as convocatórias que lhe foram feitas por Manuel Rabelais, de modo que na empresa o ministro só tinha como pivô o director financeiro, Eduardo Minvu, que, por sinal, a ministra Carolina Cerqueira já chamou para saber como é que o mesmo gere ou geria os dinheiros provindos do Orçamento, isto é do Tesouro e as próprias receitas (aos milhares de kwanzas e de dólares) resultantes da publicidade.


A ministra deve saber ainda que José Ribeiro não aposta muito na competência, prefere o nepotismo, a conveniência e que, por tudo isso, tem jornalistas do tipo Gonçalves Nhanjica da TPA: queimar os outros colegas para subirem a postos de editor.


Promovem outros por serem filhos de antigos colegas seus na Angop, mas sem terem maturidade ainda. Em contra partida, os mais experientes e tarimbados não ignorados.


Deve saber ainda nesta esteira que José Ribeiro com tal atitude divide os colegas não cria união. Ofereceu viaturas a pessoas de somenos importância na produção dos jornais de Angola, dos Desportos e de Economia e Finanças.


São os casos da revisora Josefa Mateus que não sendo a melhor, ele dispensou as mais e os mais capazes, ainda pó cima dando duas viaturas novas para a mesma. Fez o mesmo com raparigas da arte e repórteres que ele quer endeusar, quando ao que se sabe cansam editores com seus erros da pré-primária, um insulto a jornalistas antigas como a Luisa Rogério, Rosalina Mateta, Madalena José.


A ministra se manter o director José Ribeiro tem de orientar que namoro é namoro e trabalho é trabalho com competência. E que primeiro deve dar meios aos trabalhadores da casa e não a motoristas particulares de quem deve favor, como foi a um dos que trabalha para a casa de Aldemiro da Conceição, conforme se sabe da direcção de transportes.


Por último a ministra deve saber que o Jornal de Angola, Jornal dos Desportos e Economia e Finanças são títulos de imprensa das Edições Novembro, mas José Ribeiro, o seu assessor Artur Queirós e o financeiro Eduardo Minvu fazem uma gestão separatista.


Tem de se saber se o dinheiro resultantes das receitas próprias anexo ao que vem do orçamento não permite repartição equitativa entre todos os jornalista e outros quadros, ao ponto de fazer uns virem e saírem da empresa com dois, três quatros carros já e outros de candongueiros.


Saber como é que Eduardo Minvu vendeu e a que preço a quinta que era sua em Viana para ser armazém actual das Edições Novembro, só com o conhecimento do então ministro Manuel Rabelais.


Saber qual é o valor dos contratos de todos os estrangeiros trazidos por José Ribeiro, se eles contratos estão oficializados, ainda que seja por uma questão de tutela ou superintendência do Ministério da Comunicação Social.


Saber como vai o resto do patrimônio imobiliário espalhado em Luanda e outras províncias, alguns dos quais estão da eminência de serem vendidos clandestinamente como aconteceu com a sede da delegação da Huíla.


Saber de quem é a empresa que desconfiadamente presta assistência e vendas de mobiliário e meio técnicos para os três jornais de modo a sobre e sob facturar.
Saber, enfim, quem são os bufos, destino das frota e carros, onde estão como são e serão distribuídos, contratos de expatriados e nacionais, gestão de quadros.

 

Em toda a comunicação social estatal as Edições Novembro é a empresa onde há mais quadros da área de informação. Este estatística tem-na o Ministério da Comunicação desde há nos.
Muitos destes quadros directa e indirectamente beneficiaram no e do apoio das Edições Novembro. Se não no apoio financeiro, pelo menos nas facilidades de tempo. É um incentivo que vem do tempo do Luís Fernando.


O que intriga é que havendo estes quadros e numa altura em que a comunicação social precisa de novas tecnologias e quadros capazes, a actual direcção permite que vários quadros desmotivados para capitalizar outros projectos.


Senhora ministra, se desejamos ter uma comunicação social pública capaz concorrência aos novos projectos informativos que estão e emergir com apoios de grupos económicos sustentados até, de forma singular, por pessoas que estão no poder, as Edições Novembro podem um dia perder no capítulo da concorrência.


Até 1982 a empresa só precisava de 283 e agora com dois novos títulos talvez os três mil indicie existência salários de piratas. Deva a ministra mandar saber da segurança social, porque há funcionários detidos da empresa que coma conivência da direcção administrativa não depositava milhares de descontos no Instituto de Segurança Social.

 

Deve saber por carga de água os outros directores não são tidos e achados, deve saber quem manda pessoas estranhas ‘a empresa ter acesso a bilhetes para o exterior quando os jornalistas dos três títulos mesmo para férias não os merecem, mas só apenas também os bufos que merecem saber quem gasta, acesso a clinica Meditex etc, quando houve colegas, jornalistas até já falecidos sem esse direito.

 

Enfim, a ministra deve saber que ao longo do seu mandato e confiança a si foi depositada pelo Presidente da República, aproveitaremos sempre, sempre e sempre a utilidade deste espaço para a alertarmos das más, mas também, boa gestão de quem vai dirigir as Edições Novembro.


E o director José Ribeiro não pode mostrar descontentamento ou entender sentido de traição dos colegas que subscrevem esse alerta junto da ministra. Já dizemos que ele, José Ribeiro, é uma pessoa capaz, tem visão. Qualquer todos três jornais mudaram largamente para melhor no seu conteúdo gráfico e informativo. Começou bem em tudo isso.


O que dele agora se reclama é a mudança que fez para tudo o que foi relatado. Se mudar esse quadro cinzento pode até ser mesmo mantido desde não misture trabalho com amizade, defeitos de personalidade deste ou aquele colega, afastar paixões amorosas, ver apenas a competência de quem faz os três jornais públicos: Jornal de Angola, dos Desportos e Economia e Finanças.