Luanda - a) Porque os três autores: Dino, Guerreiro, Higino, com a responsabilidade e passado no MPLA, não escreveram que Iko Carreira, que tantos camaradas fuzilou, estando na guerrilha, em Brazzaville, mandou, com a ajuda da PIDE e do Exército colonial português, o seu filho, Marco Carreira, da relação com Charlotte Wolf (vive em Lisboa, actualmente) estudar em Luanda?

Fonte: Club-k.net


b) Porque não escrevem sobre o assassinato do comandante Paganini e os oficiais Estrela, Ziguerou e outros, nos idos de 1968, na Frente Leste, colocados vivos, numa fogueira, onde morreram carbonizados, a mando de Agostinho Neto acusados de feitiçaria e quererem dar um golpe a direcção em Brazzaville?


c) Porque não escrevem, ouvindo os dirigentes Benigno Vieira Lopes e César Augusto Kiluange, que a mando de Agostinho Neto foram assassinar, na 1.ª Região de Nito Alves, um dos mais intrépidos guerrilheiros, o comandante Miro (Lourenço António Casemiro)?


d) Porque os três nunca escreveram que o grupo dos argelinos (fixados na Argélia), dentre eles, Artur Pestana Pepetela, Costa Andrade e outros, tinham um salário mensal, equivalente, a cerca de 1000 dólares, que os colocava, como assalariados de luxo, com a incumbência de escreverem cartilhas e textos de propaganda, para a guerrilha. Infelizmente, a maioria das obras não chegava ao interior das frentes.


Não fosse a produção de cartilhas escolares do revolucionário e patriota, Carlos Rocha Dilolwa, que se embrenhava na mata e a maioria dos meninos soldados nunca teria aprendido a ler e escrever. Eu sou disso um exemplo, tal como Carlos Panzo, João Teta, Pedro Teta, Cuononoka, Paim e tantos outros meninos crescidos e criados nas matas…


e) Porque não escrevem sobre o general Roberto Leal Monteiro Ngongo que abandonou a tropa e técnica na região de Kifangondo nas vésperas do 11 de Novembro de 1975 e, não fosse a bravura do tanquista Mariano, que travou o tanque-chefe da coluna sul africana/zairense, Cadete e outros e a independência não teria provavelmente sido proclamada, por Neto? A maioria destes combatentes, nem pensão de reforma tem e os poucos recebe míseros 23 mil Kwanzas, enquanto o general Ngongo aufere milhões…


f) Porque não escrevem sobre a forma como Agostinho Neto assassinou Matias Miguéis, José Miguel e Ferreaço, em Brazzaville, enterrados vivos, sendo esta forma ignóbil, a ter ditado a captura e morte de Deolinda Rodrigues, pelo comandante Gourgel da FNLA, que sugeriu ao presidente do MPLA, uma troca de prisioneiros?
Neto demonstrou um sentimento gélido para com a prima (Deolinda) e o destacamento feminino, ao não aceitar, pelo que, assim, que o comandante da FNLA sob da morte dos seus dirigentes, executou as bravas combatentes do MPLA. Agostinho Neto foi responsável e cúmplice.


g) Porque não escrevem sobre a forma misteriosa, como o general Ingo que deveria apoiar a defesa da coluna feminina, apareceria, depois junto das tropas coloniais portuguesas, numa situação estranha, sem vestígios de captura?


h) Porque não falam sobre os generais do MPLA, que negociavam em plena guerra, com generais e ministros sul-africanos do apartheid de quem são sócios, até hoje?

i) Porque não falam das fortes ligações das empresas libaneses, com os responsáveis dos Ministérios do Interior e da Defesa, como as principais fornecedoras de alimentação, fardamento e outros equipamentos?

Se é para persistirem na descaracterização, humilhação e discriminação da memória dos mártires do 27 de Maio de 1977, com retóricas desafinadas e ofensivas, então é hora de, com coragem, abrirmos a caixa de Pandora.

O regime e os seus algozes cometeram os maiores crimes, ao aplicarem a pena de morte e não reconhecer os direitos dos presos, em contramão a Lei Constitucional (LC/75).

Art.º 23.º

“Nenhum cidadão pode ser preso e submetido a julgamento senão nos termos da lei, sendo garantido a todos os arguidos o direito de defesa”.

Aqui chegados temos que a MENTIRA dos assassinos e defensores de tão más, contrariam a própria Lei constitucional que pariram e não conseguem, 46 anos depois, justificar porque não julgaram nenhum arguido de acordo com as normas criadas.

Existem dúvidas de quem assim procede ser um assassino contumaz? Parece que não!

A MENTIRA DA ÁRVORE

O general escritor ou escritor general está a descer de mentira em mentira, até a mentira final. Filho de um humilde e honesto motorista, nascido no interior florestal de Kalulu-Libolo, com ambição desmedida, conseguiu a proeza de confundir palmeira, árvore de até 30 metros, com copa, de cerca de 50 folhas, que não suportam 5kg, pudesse ter um homem, como Nito Alves (cerca de 70 Kg), pendurado, para se esconder de perseguidores, a própria estrutura da árvore desmente a versão Higinal, porquanto existem provas videográficas que apresentam Nito Alves no cimo de uma Moreira (árvore robusta), também conhecida como Amoreira, cujo diâmetro do tronco atinge 90 cm e tem ramos fortes, devido uma tramóia.


A história deste macabro enredo surge depois de Nito ter tomado conhecimento, que a DISA de Onambwe ameaçara de morte o pai e prendido vários membros da família, alvos de sevícias e eventual morte, se este não se entregasse. Esta situação determinou a sua apresentação voluntária, junto da tropa do comandante Margoso, em troca da libertação dos familiares.


Determinado a enviar o preso para Luanda, Margoso foi surpreendido com orientação em contrário. Deveria colocá-lo à disposição da equipa de Comunicação e Marketing, capitaneada por Manuel Rui Monteiro, Artur Pestana Pepetela, Costa Andrade e Henriques dos Santos Onambwe, para um trabalho de filmagens. Foram então chamados os irmãos Henriques do Programa Opção da TPA, como prémio pela morte do irmão, agente da DISA (assassinado, segundo denúncia, por Tony Laton/Onambwe), para filmarem e difundir uma narrativa de Nito em cima de uma árvore Moreira, na zona do Piri.


Uma verdadeira encenação para satisfação dos apetites satânicos da cúpula do MPLA. Se dúvidas houver, basta a consulta dos arquivos da TPA, para se aferir da MENTIRA HIGINAL e de mais uma violação constitucional (LC-75).


Art.º 44.º

“Cabe em exclusivo aos Tribunais o exercício da função jurisdicional, visando a realização de uma justiça democrática. A organização, composição e a competência dos tribunais serão fixadas por lei”.

Quando se apela a denúncia enérgica dos assassinatos em série, do único herói do MPLA, Agostinho Neto, que a margem dos tribunais, fez justiça partidocrata e por mãos próprias, eliminando uma elite de jovens intelectuais: 80.000 (oitenta mil) por divergências de opinião, cometeu um dos maiores genocídios depois de os de Adolph Hitler, na Alemanha nazista.


Higino Carneiro e companhia fazem parte da selecta lista de torturadores e assassinos, que muitos não tinham ciência, que desconhecendo o conceito de golpe de Estado, limitam-se a obtusas caracterizações ideológica e vampiras de auto defesa.


Os três e Higino Carneiro, em particular, não consegue(m), mostrar onde, havia unidade(s) militar(es) preparadas para tomar de assalto o poder. Onde estão os buracos de balas disparadas pelos alegados fraccionistas, numa instituição militar, governamental ou presidencial? Mais, quem armado, a mando de Nito Alves invadiu os estúdios da Rádio Nacional de Angola e nela fez declarações de apoio ao golpe, ao líder ou a próximos, para mobilização popular a favor da alegada intentona?


Tudo o que existe é retórica parida nas mentes lunáticas e ditatoriais, querendo transformar os algozes em vítimas e estes em algozes.


Os mensageiros das trevas são a mais reles escumalha, que tendo desconseguido construir o “homem novo do MPLA”, bate-se com todas as armas, para impedir o caboucar das liberdades e democracia.


Neto agiu pior que Pôncio Pilatos, governador romano, pois tinha pleno conhecimento das consequências, ao engendrar todo processo genocida, colocando-se no patamar de César, Mussolini, Franco, Staline e Hitler!


A retórica de Higino Carneiro contra Nito Alves e companheiros assassinados carrega uma forte marca de ódio, contra quem não se pode defender, bem como os sobreviventes sem voz. Higino pode não ter tido a intenção de ofender a memória das vítimas, mas semeou o ódio e a discriminação.


A contundência verbal empregue na caracterização de uma figura, cuja dimensão e estrutura intelectual, nunca alcançará, denotam a inveja, a discriminação, o racismo de quem ressentido e amargurado, com João Lourenço pretende arranjar tubos de escape. Eles não são naturais como muitos imaginam, mas danosos.
Higino Carneiro tem de ter noção que o ódio pode gerar ódio. Foi um erro capital chamar à colação o processo que lhe foi movido, por alegados crimes de corrupção, dizendo ter sido absolvido, quando não foi sequer julgado. Ele foi despronunciado, por um juiz que o pronunciou e já não tinha competência para o fazer.
A nível do direito a situação é uma aberração e provoca ódio. Principalmente, quando os filhos de José Eduardo apontam a viragem do processo, por ter sido um dos algozes que aliciou o pai para Luanda e de onde terá recebido mixórdias, que aceleraram a sua morte.


A melhor solução do Supremo teria sido de o julgar e absolvê-lo, agora com essa situação abre-se uma avenida de suspeição, capaz de a qualquer momento o processo ser reaberto.


Neste momento Higino abriu crateras de conflito, quando todos deveríamos ser conclamados, 46 anos depois, a esbater o ódio para que ele não se repita.
O ódio na mente de pessoas do MPLA sobre as vítimas do 27 de Maio deve ser objecto de estudo, por ser parte da dialéctica desse partido, que não evolui, para além da contínua discriminação e assassinato dos diferentes.


O ódio absoluto contra Nito Alves é tanto, ao ponto de ter determinado a realização das suas exéquias, mas sem a apuração médico-forense independente, sobre as suas ossadas.


Pela fala mesquinha e de ódio de Higino Carneiro fica-se com a percepção, que naquele caixão estava tudo, menos os ossos de Nito Alves, cujas filhas biológicas, foram excluídas, não só de fazer os testes de ADN, como de estar presentes, numa clara demonstração de ódio que deve ser rapidamente superado, para esse mesmo ódio, não  se converter na jurisprudência de actuação política de quem chega ao poder.