Lisboa – O Tribunal de Luanda (Dona Ana Joaquina) está em vias de notificar a acadêmica angolana Maria Luísa Perdigão Abrantes “Milucha”, para a sessão de julgamento do  processo crime  que lhe foi movido pela juíza jubilada do Tribunal Constitucional Luzia Bebiana de Almeida Sebastião “Gi”.

Fonte: Club-k.net

“Gi” Sebastião, apresentou, em Agosto do ano passado uma participação junto ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) pelo crime de calunia e difamação contra “Milucha”, resultando na abertura do processo 9140/020/02. A queixa  foi produzida  depois de Maria Luísa Abrantes, antiga companheira de José Eduardo dos Santos,  a ter citado de forma inapropriada no seu  livro de memórias "Uma Vida de Luta. Estórias esquecidas da história”, apresentado em Luanda. 

 

No livro, a Juíza jubilada é acusada de delação e de ter ordenado a prisão da autora no decurso da “caça às bruxas” ocorridas durante e depois do “27 de Maio de 1977”, uma versão que “Milucha”, já vinha repetido em outros fóruns públicos.

 

A fase preparatória decorreu no Serviço de Investigação Criminal (SIC), sendo que “Milucha”, chegou a ser ouvida por uma instrutora Ermelinda Júnior. Segundo apurou o Club-K, o ministério público remeteu já o processo para o Tribunal de Luanda, pelo que o juiz da causa decidiu avançar com a data do julgamento, que vai colocar frente a frente, estas duas mulheres que há muito se hostilizam sobre ocorrências nos massacres do 27 de Maio de 1977.