Luanda - As “cabeludas deselegâncias” do presidente João Lourenço - em entrevista recentemente concedida ao semanário Expresso e à agência Lusa em Luanda - mereceram a repulsa e a veemente condenação de José Sócrates, por este ter recorrido ao exemplo do antigo primeiro-ministro português para comentar o caso judicial que envolve o ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente.

Fonte: Club-k.net

José Sócrates esclareceu, em comunicado retomado pela Imprensa, que não conhece o presidente angolanos de lado nenhum e muito menos faz parte do seu círculo de amigos. Sócrates exigiu respeito da parte de João Lourenço. Nem mais!


A repulsa de José Sócrates não é dirigida somente a João Lourenço. Ela é extensiva a todos nós, ao Estado angolano, no seu todo, facto que nos deixa a todos corados de uma vergonhança que nos desonra.

É injusto e politicamente incorrecto comparar o caso de José Sócrates com o de Manuel Vicente.

 

O primeiro esteve (ou está, ainda) a contas com a Justiça portuguesa, tendo sido preso em Regime de Prisão Preventiva em Instrução Preparatória no seu País.

 

O segundo cometeu os seus crimes enquanto PCA da Sonangol e depois escudou-se nas suas prerrogativas constitucionais de vice-presidente da República. Mas mais do que isso foi o facto de João Lourenço ter defendido publicamente o seu não julgamento em Portugal e depois ter patrocinado descarada e impunemente a sua fuga do País para escapar à Justiça.

 

João Lourenço protege(u) um, alegado, criminoso. O ditado é antigo, mas mantém-se actual: é tão ladrão quem fica à porta como quem vai à horta!

 

O Presidente João Lourenço deveria fazer-nos o favor de parar de conceder entrevistas para deixar de envergonhar os angolanos.

 

Pessoalmente, confesso que, às vezes, dá-me vontade de gritar a plenos pulmões o seguinte: “¿Por qué no te callas, João Lourenço?”

 

É que quando João Lourenço propõe-se falar para a Comunicação Social, o País e o mundo sabem, de antemão, que vão ouvir ditos desprovidos de sentido e indignos de um Chefe de Estado.

 

Sempre que João Lourenço fala para os jornalistas revela a sua mais do que confirmada impreparação para o cargo que ocupa.

 

Sempre que diante de microfones e câmaras, João Lourenço emociona-se e põe os pés pelas mãos.

 

A partir dos seus discursos “nonsense” dá para inferir que o Estado angolano está nas mãos erradas.

 

As asneiras ditas por João Lourenço confirmam que o País está, de facto, sem rumo e que vai continuar a ser agredido com as suas péssimas decisões.