Lisboa – A UNITA, o maior partido da oposição em Angola solicitou a um grupo de acadêmicos o estudo psicológico do Presidente João Lourenço, conforme revelou recentemente o seu líder Adalberto Costa Junior durante uma digressão no interior do país, em que foi abordado por jovens universitários.
Fonte: Club-k.net
“Convidei um conjunto de psicólogos, especialistas ao meu gabinete e pedi lhes que estudem o perfil psicológico de João Lourenço. Pedi que ajudem me a fazer pontes com o Presidente da Republica”, disse Adalberto Júnior revelando que os acadêmicos “vieram assustados e com detalhes” desafiando a plateia a fazer o mesmo.
Segundo apurou o Club-K, alguns psicólogos em Angola, são unanimes em manifestar receios de que o líder do MPLA, esteja a manifestar "síndrome de hybris", a jogar pelas contradições que manifesta.
De acordo com a ciência, a "síndrome de hybris" é um conceito que descreve um padrão de comportamento caracterizado pelo excesso de confiança, arrogância e desconsideração pelas consequências de suas ações. A palavra "hybris" vem do grego antigo e refere-se à "desmesura" ou "orgulho excessivo".
Essa síndrome é frequentemente associada a líderes políticos, empresariais ou outras figuras de destaque que se envolvem em comportamentos arriscados, tomam decisões impulsivas e demonstram falta de empatia em relação aos outros. Os mesmos podem acreditar que estão acima das regras ou das consequências das suas acções, levando a comportamentos irresponsáveis e prejudiciais.
Estudiosos tem advertido que essas percepções são subjetivas e baseadas em observações e opiniões de terceiros. Alguns exemplos mencionados incluem:
Muammar al-Gaddafi (Líbia): O ex-líder líbio Muammar al-Gaddafi foi frequentemente descrito como exibindo traços de hybris, especialmente durante seu longo período no poder. Ele demonstrou um excesso de confiança e se via como um líder invencível, tomando decisões controversas e autoritárias que levaram à opressão e instabilidade no país.
Robert Mugabe (Zimbábue): O ex-presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, também foi citado como um exemplo de líder com traços de hybris. Ele governou o país por décadas e tomou medidas autoritárias, concentrando poder em suas mãos e mostrando uma falta de consideração pelas consequências de suas políticas, o que levou a problemas econômicos e instabilidade política.
Nicolás Maduro (Venezuela): Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, é frequentemente criticado por seu comportamento arrogante e pela tomada de decisões controversas. Ele tem demonstrado um senso de confiança excessiva, reprimindo a oposição política e implementando políticas econômicas desastrosas que levaram a uma crise humanitária no país.
O exemplo de Idi Amin Dada
Idi Amin Dada, o falecido ditador de Uganda, é uma das figuras históricas que os psicólogos exemplificam como expoente máximo de alguém que desenvolvia o “síndrome de hybris”, que mais tarde se desenvolveu em psicose, em que o mesmo manifestava dificuldades de diferenciar entre o que acontecia ao seu redor e a falsa realidade.
Os estudos sobre a “síndrome de hybris” manifestada nos Presidentes políticos, tem como objetivo compreender os factores psicológicos que influenciaram o comportamento desses líderes e os impactos que as suas acções tiveram na sociedade e nas pessoas ao seu redor.
Ao se estudar líderes autoritários e suas acções, os psicólogos ajudam a fornecer conhecimentos e perspectivas para prevenir a repetição de eventos históricos trágicos.
No caso de Idi Amin Dada, características como narcisismo, comportamento impulsivo, agressividade e falta de empatia podem ser analisadas para entender melhor as suas acções.