Luanda - A ministra das Finanças angolana reafirmou hoje o empenho do Governo para cumprir com regularidade os seus compromissos internos e externos, entre os quais "todas as obrigações relacionadas com salários dos funcionários públicos e serviços essenciais do Estado"

Fonte: Lusa

Vera Daves de Sousa interveio hoje na cerimónia de assinatura de um acordo entre o Governo angolano e o Banco Mundial de 300 milhões de dólares (277,3 milhões de euros) para o Projeto de Aceleração da Diversificação Económica e Criação de Emprego.

 

A governante angolana sublinhou que a economia do país “ainda tem uma grande dependência da exportação e receitas do petróleo” e está sujeita à volatilidade, tanto no preço quanto na produção, uma situação que se “tem acentuado nos tempos mais recentes, com reflexo entre outros também no mercado cambial e com consequências que já são públicas”.

 

“Mas o Governo quer reafirmar aqui – e essa assinatura é prova disso – , o seu empenho e compromisso para que sejam não só cumpridos com a devida regularidade todos os compromissos com devedores internos e externos, com todas as obrigações relacionadas com salários dos funcionários público e serviços essenciais do Estado, mas também uma maior resiliência das finanças públicas a choques externos para assegurar que cada vez mais tenhamos fontes alternativas de receitas e também cada vez mais tenhamos mecanismos adicionais de criação de emprego”, referiu Vera Daves de Sousa.


Segundo a ministra, o acordo rubricado entre as partes é importante, destacando a visão partilhada entre si relativamente à importância da diversificação económica.

 

“A importância de melhorarmos o ambiente de negócios, a importância de encontramos caminhos alternativos ao financiamento de infraestruturas, a importância de criação de empregos e a melhoria da condição de vida dos cidadãos”, sublinhou.

 

Vera Daves de Sousa apelou ao envolvimento ainda maior por parte de todos, em especial do Banco Mundial, no sentido desbloquear “tudo que possa estar a impedir uma maior e melhor participação do investimento privado em setores chave da economia angolana”.

 

“Agradecemos também o facto de os agentes económicos responderem ao nosso apelo, apesar das circunstâncias ainda adversas e a parceria que connosco deverão fazer para que, construtivamente, identifiquemos e removamos o que ainda pode ser a causa de maior entrave naquilo que é o funcionamento normal da nossa economia e naquilo que é a criação das condições básicas ao investimento privado”, sustentou.