Luanda - Nos últimos tempos os números da taxa de mortalidade vêm crescendo de maneira preocupante no interior do país. Por conta das constantes brigas entre rivalidades de grupos nas periferias, esta é uma das situações preocupantes que também precisa da nossa atenção. A meu ver, as principais causas que motivam estas situações já não são desconhecidas para todos nós, sabemos que em causa está; o consumo excessivo de bebidas alcoolizadas, o tabaco, e a liamba o que ao final do dia tudo isto vai degenerar-se em conflitos, assaltos, e pequenos roubos.
Fonte: Club-k.net
Entretanto, não podemos fingir que tais situações não nos afetam de forma direta ou indireta, ou que não nos sequestram a paz. Não podemos permitir que tais situações continuem acontecendo abaixo dos nossos narizes sem que nada façamos, porém, importa também deixar aqui claro que o combate é contra os hábitos/atitudes e não literalmente contra os nossos irmãos. A ideia aqui vai cingir-se na projeção de programas de integração social que de certa forma visam dirimir e afastar tais atitudes, e quero aqui aproveitando o ensejo destacar o papel importante das igrejas, do Estado, e da camada juvenil com principal destaque;
1- O papel das igrejas- Não podíamos deixar a igreja de parte por que a mesma não vive fora das sociedades. Ela por ser a mãe tem o papel de aconselhar seus filhos e de acolhê-los sempre que virem a tropeçar nos palcos da sociedade. A igreja em si no seu interior tem os seus programas educativos e de integração social, a sua intervenção é muito importante diante destas situações que mais acima já sublinhamos.
2- A Camada Juvenil- Já dizia o velho adagio “- nos jovens está a força, e nos mais velhos à sabedoria.” Entretanto a participação dos jovens é muito importante. Ao longo da história os jovens sempre mostraram disponibilidade e vontade em participar nas questões que abalam o nosso país e muitos deles com parte realce os intelectuais- acadêmicos criam programas interessantes de integração social o que muitas vezes faltou, é a confiança e apoio necessário.
3- O Estado- O Estado quase que acaba por ter o papel mais simples que é o de apoiar e caminhar junto com os outros dois acima, nesta empreitada. De modos a combater com empenho estas situações. Já vimos que, os jovens sem o apoio muita coisa não poderão fazer e acabarão por estar limitados apenas nas suas vontades e desejos de agir. A igreja idem, por ser respeitosa nunca vai querer se exceder e intervir em questões sem que o estado primeiramente abra o caminho e permita-lhe a passagem. E o Estado em sí não poderá nunca sozinho lidar com certas situações se decidir caminhar sozinho diante de situações que chuvisca para todos nós, é necessário que todos possam intervir e fazer alguma coisa e juntos está claro que poderemos ter uma boa prestação.
É evidente que a nossa Angola, é um projeto em constante construção e que a mesma precisa da participação coletiva. Cada um tem a obrigação e dever de participar com alguma coisa na construção deste projeto. Não podemos continuar a olhar como um projeto fracassado, ainda há esperanças e ainda há razões para continuarmos a lutar, se os nossos antepassados lutaram por nós, então temos nós que lutar pelo agora para as gerações futuras e assim sucessivamente.
Mais do que identificar os erros precisamos ter a capacidade de olhar para as soluções, e não só, e ter força para garantir na praxe a sua aplicabilidade.
Afonso Botáz- Analista e estudante universitário