Luanda - O jornalista William Tonet disse que o MPLA, desde que assumiu o poder a 11 de Novembro de 1975, nunca criou no país escolas e faculdades capazes de garantir o desenvolvimento dos jovens.

Fonte: Club-K.net

William Tonet que falava aos estudantes no espaço “Reencontro com a História”, realizado na sexta-feira, 13, na Casa da Juventude, em Luanda, da iniciativa do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), afirmou que não existe vontade política na actual governação para se garantir a melhoria no sector de ensino em Angola.


Para o também jurista e director do Jornal Folha 8, os jovens têm sido “aldrabados” ao longo de décadas de governação do MPLA com “falsas esperanças”. “O que existe no país tem sido a venda de falsas promessas, que ao terminar a formação os jovens ficam sem saber o que fazer”.


No encontro moderado pelo jornalista Coque Mukuta, o sexto convidado do projecto do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), liderado por Francisco Teixeira, abordou várias questões levantadas pela organização e estudantes na plateia.


Aos presentes, William Tonet disse haver necessidade da revisão do hino nacional “Angola Avante”, pois considera que, “não somos um só povo e uma só nação, que o poder popular descrito no hino não é exercido pela população”.


Elogiou a postura do MEA em manifestar solidariedade com um “minuto de silêncio” à favor dos activistas “presos políticos” que foram detidos e condenados a quando do protesto dos mototaxistas em Luanda.


Na sua intervenção, o convidado revelou que Nito Alves, antigo alto dirigente do MPLA foi claramente comandante e, que não houve nem tentativa e nem golpe de Estado no dia 27 de Maio de 1977, contrariando assim o General Julião Mateus Paulo “Dino Matross”, que foi o convidado da 3ª edição do “Reencontro com a História”.


William caracteriza Jonas Savimbi como um Vulcão político e Holden Roberto um exímio na escrita e na língua portuguesa, e que terá sido o Holden Roberto a propor o 11 de Novembro de 1975 como a data da independência de Angola.


Considera ainda Agostinho Neto como um líder que terá sido idolatrado e que isso lhe levou a cometer “craços erros na governação de Angola”.


Assumiu-se como sendo a pessoa que mais criticou a céu aberto o antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, “enquanto outros recebiam os prémios as escondidas”.