Luanda - O aumento dos pedidos de vistos por angolanos tem feito crescer negócios ilegais e estratagemas fraudulentos para ganhar dinheiro à conta do desespero de quem quer sair do país, muitas vezes usando falsos logótipos e identidades, alertou hoje a VFS.

Fonte: Lusa

Na sua resposta à Lusa, a empresa admitiu que há burlões que se fazem passar por funcionários da organização, bem como agentes e intermediários que prometem antecipar marcações em troca de dinheiro, enganando os requerentes de visto e viajantes.

 

“Usando pins de localização e informações nas redes sociais e motores de busca mais populares, muitos desses burlões criam uma presença falsa usando credenciais de empresas, com logótipos e nomes oficiais, e incluem os seus dados de contacto nos dados fornecidos nessas páginas, enganando viajantes que confundem esses detalhes com a presença oficial da empresa", escreveu.

 

A VFS Global diz que “já implementou medidas rigorosas nos seus Centros em Angola”, permitindo a entrada apenas a requerentes com agendamento válido e não prestando informações a agentes ou entidades terceiras, tendo também disponibilizado um email para denúncias (Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.)

 

As marcações são abertas com um mês de antecedência, adiantou.

 

“Embora os requerentes possam contactar agências de viagens genuínas para apoio relativamente ao pedido de visto, alertamo-los para terem cuidado com agentes e intermediários que prometem, falsamente, marcações antecipadas em troca de pagamento. O agendamento é gratuito e está disponível apenas no site”, avisa a VFS.

 

A agência Lusa questionou o consulado de Portugal em Luanda sobre o número médio de vistos pedidos e atribuídos, bem como a duração do processo, mas não obteve resposta.

 

A VFS começou a atuar em Angola em setembro de 2012 e presta atualmente serviços a oito países, entre os quais Portugal, Brasil, Bélgica, França, Africa do Sul e Países Baixos.

 

A VFS gere apenas os aspetos administrativos dos processos e indicou que os procedimentos demoram em média 15 dias, mas pode demorar mais tempo “de acordo com as circunstâncias”.