Luanda - Diz o velho adágio popular africano: "os m*ortos devem ser respeitados". Uma máxima que foi bar*baramente desrespeita pela Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP), que escalou a mística localidade da Jamba, província do Cuando Cubango, com a missão de localizar ossadas de familiares e antigos dirigentes da UNITA.

Fonte: Club-k.net


O "pecado capital" da CIVICOP foi o facto de ter escolhido, a tão propalada "expedição", em busca dos restos mortais sepultados naquele que foi o principal bastião do Galo Negro, precisamente, no dia 3 de Agosto, data de nascimento do Líder fundador da UNITA, que morreu lutando contra o regime do MPLA.


Enquanto os familiares, militantes e simpatizantes da UNITA reflectiam sobre os feitos de um dos expoentes do nacionalismo angolano, Jonas Savimbi, um grupo da Comissão desloucou-se à Jamba, com o propósito de localizar valas, onde terão sido "depositados" cadáveres.


Mas, por incrível que pareça, os noticiários da(s) TPA's acabaram por ser mais um antro de julgamento à UNITA, na data de nascimento do Presidente fundador, Jonas Malheiro Savimbi.


Tudo aponta que, o teatro protoganizado pela televisão pública, e derivados, era apenas para nos reavivar a mente sobre os passivos da UNITA.


Se assim não fosse, os destaques dos noticiários da imprensa controlada pelo MPLA não fariam manchetes sobre os "modus operandi", muito menos referir que maior parte das vítimas foram mortas na chamada “fogueira de Jonas Savimbi”, sublinho, num dia a que marca o nascimento do "patrono" da UNITA.


Que Jonas Savimbi não andou a distribuir "rosas e chocolates", às famílias, e sobretudo, às muitas mulheres da Jamba, isso já se sabe e está registado pela negativa nos anais da história de Angola.


Entretanto, foi pouco inteligente e insensato da parte dos membros da CIVICOP, que tem a missão de reconciliar os angolanos vítimas dos conflitos políticos, procurar abafar e beliscar o 3 de Agosto, data que Savimbi completaria 89 anos, caso estivesse em vida.


Diante dos factos, resta-nos concluir que a CIVICOP está longe de ser um instrumento de reconciliação nacional, e limita-se a atender uma agenda política para catapultar a imagem do mentor do "projecto".