Luanda - Estamos perante momentos de muita tensão protagonizado por dois agentes do tecido económico nacional. Por um lado temos o Governo como principal responsável pela gestão do erário nacional público e por outro, as principais Centrais Sindicais nacionais representando principalmente os trabalhadores nacionais.

Fonte: Club-k.net

Num momento bastante complicado onde as pequenas atividades de negócios têm sido o grande tapa buraco da maioria parte dos jovens de forma a fugir da fome e da miséria, que embora sejam negócio com pouca margem de lucro, ainda têm a mabilidade de trazer consigo alguns colaboradores que na maioria dos casos, a sua remuneração final não vai ao encontro tendo em conta o que está estabelecido por léi.


Lembrando a sociedade em geral que sendo um artigo de caracter homogêneo, como cidadão nacional é da nossa responsabilidade contribuir com mais inputs para incrementar ao programa do Governo, sabendo que trata-se de um tema bastante sensível envolvendo o salário de todos nós, afinal de contas a dignidade humana vem daí.


Apesar do momento com alguma tensão (greve e não greve), notamos claramente que há vontade por parte dos agentes envolvidos em porem as cartas na mesa e chegarem ao mesmo objetivo, verificamos que existem algumas exigências que sob ponto de vista material foram expostos e acordados pelos dois lados, o único imbróglio até agora prende-se necessariamente ao acerto do salário mínimo nacional (batata quente na mesa).


É importante esclarecer ao público em geral a não confundirmos o salário mínimo nacional com o salário da função Pública, são duas situações que parecem ter a mesma narrativa mais têm abordagens totalmente diferentes. Lembrando que o salário da função pública é paga pelo estado a todos os colaboradores ligados a esfera estatal, ao passo que o salário mínimo nacional tem mais abrangência, envolvendo todos aqueles que prestam o seu saber físico/Intelectual a esfera estatal/Privada não importando as vezes a dimensão da Empresa (cantina, Roulots, Empregada Doméstica entre outros, também devem pagar o salário mínimo nacional estabelecido por léi).


A pergunta que não se cala: Toda a Entidade patronal (Grande, pequena e média empresa, estará capacitada em honrar com o que for estabelecido por léi?


Situação bastante difícil, porque uma vez acordada a exigência, não vamos olhar apenas para o Estado e as grandes Empresas, devemos incluir nesta lista as pequenas e as médias empresas. Isso quer dizer que toda a classe empregadora deverá pagar tendo em conta os acertos que estão a ser feito pelo Estado e pelas centrais Sindicais. Isso leva-nos a uma situação de que certas empresas poderão fechar as portas ou então recorrer a dívidas para honrar o compromisso com o seu pessoal efetivo.


Estamos num contexto bastante complicado, nota-se cada vez mais dificuldade por parte de algumas classes, é notório observar dia-a-dia o desaparecimento da classe média nacional, em função disso vai se tornando mais visível a disparidade no nível de vida das populações, o país vai caminhando numa direção em que vai necessariamente existindo duas classes (classe alta e classe baixa), aumentando mais problemas e mergulhando o país numa situação de instabilidade permanente.


Várias interpretações têm sido feitas em volta desta questão alguns prós e contra, mais o que nos interessa no momento é confortar os nossos corações, não criar situações que levam a população em desespero, tendo em conta que as medidas tomadas pelo Governo visão o fim último o bem-estar de todos nós. Afinal de contas, o Estado é uma pessoa de bem, e como dizia o nosso saudoso Presidente (Dro António Agostinho Neto, o mais importante é resolver os problemas do povo).