Luanda - Eu sou um daqueles jovens que acredita que o Estado é uma pessoa de bem, e que os interesses nacionais estão acima de qualquer indivíduo, seja ele quem for. Pois que os objetivos de ocupar um cargo é para servir e proteger os interesses do país.
Fonte: Club-k.net
Pelo menos ainda há o ritual do juramento antes da tomada de posse.
Pessoalmente não acredito que as pessoas agem por malícia. Muitas vezes é mesmo por falta de entendimento das coisas, pois que conhecer um ecossistema, não é tarefa fácil, sobre tudo num mundo globalizado, em que saber é o mais comum, mas perceber, requer estudos aprofundados, pois hoje todas coisas, parecem iguais.
Entendo o ego do ser humano, o que não percebo, é quando as pessoas, por vezes, naquilo que é colectivo, se chateiam quando alguém sugere ou pede um apoio, que concorre na melhoria daquilo que ela mesma está a fazer.
Por falta de entendimento destas pessoas, na ânsia pelo imediatismo, aproveitando -se do tempo de funções para resolver todo, acompanhado com a falta de conhecimento aprofundado sobre a matéria a 360°, fazem mal as coisas, e perdem oportunidades duradouras, que o cargo de chefia lhes proporciona.
Talvez por acreditarem que somos incapazes de fazer alguma coisa útil, e o Estado é a única galinha dos ovos dourados.
Uma vez ouvi dizer sobre Durão Barroso, que após o termo de suas funções, foi bem acomodado numa empresa privada, acredito que ele ao invés de impedir ou deixar de prestar apoio, deixou as coisas flutuarem com quem percebe sobre a matéria. As boas ações, trazem bons benefícios
Os homens que vivem de convicções ao invés das possibilidades, perdem-se no caminho, e têm os olhos virados à sua volta, mesmo quando o período, o tempo ou o contexto não estão a seu favor!
No sector digital em Angola, vivemos dois momentos:
1. A Modernização Administrativa. ( Analógico ao digital)
2. Prejuízo economico, financeiros, exclusão digital comercial e falta de alternativas de preços, falta de opção de pagamento em kwanza. Em suma, falta de várias macro startups nacionais para complementar a pirâmide do ecossistema digital Angolano.
Antes de entrar para a descrição de um e de outro, peço que não confundamos venda de internet, ou mesmo infraestrutura de internet que nos dá acesso ao digital, com o sector digital em si, que são nada mais, nada menos que os aplicativos e websites, coisa que ainda não temos no nosso país na categoria macro; outras ainda não temos mesmo. Ou nunca ouvimos falar.
A modernização administrativa , é a transferência dos meios analógicos para o digital. Que não constitui prejuízo econômico financeiros em divisas, e não provoca exclusão aos utentes.
Ao passo que os prejuízos acima enumerados, é por conta do país não possuir nenhum aplicativos e websites na categoria macro.
Constitui prejuízo econômico e financeiros em divisas, exclusão digital comercial, falta de alternativa de preços, e falta de pagamentos em kwanza no usufruto deste serviço de forma comercial. Pois que nas plataformas internacionais macro, paga-se única e exclusivamente em divisas através de um cartão visa.
A minha pergunta é a seguinte: Entre modernizar que acaba sendo um custo para os cofres do Estado, e a mitigação dos prejuízos, que consequentemente geraria novos empregos e auto emprego a nível nacional, para quem possui um smartphone, e receitas fiscais para os cofres de Estado, qual seria a prioridade?
Não sei quanto a modernização administrativa gasta aos cofres de Estado! Mas sei, que nenhum apoio, nem mesmo institucional se dá aos privados, que lutam para mitigar os prejuízos e gerar receitas fiscais para os cofres de Estado neste sector.
No mínimo, o que se poderia fazer, é o público e o privado andarem de mãos dadas, de modos a que a receita do privado, sirva para custear o programa do Estado.
Isso é o mínimo que se podia fazer. Isso sem pressa, mais de forma sólida, para que a curto, médio, e longo prazo os serviços criados tornam-se autosustentável e se reduza de facto a intervenção do Estado nas empresas, como se pretende.
Para que num futuro próximo, não aconteça que tenhamos 20.000.000 de modernos, mas totalmente dependentes das plataformas digitais internacionais. Com uma demanda digital comercial muito alta, (fruto da modernização e aceleração digital), pois que o pagamento nas plataformas internacionais digitais (coisa que nós não temos, nem estamos a fazer), paga-se única e exclusivamente em divisas, nesta altura, teremos a banca muito mais sufocada.
O que deveria ser uma solução moderna, por não ser vista e bem analisada, acabará ser um grande problema!
A banca já esta sufocada com a importação de bens alimentares eléctricos, viagens, saúde, repatriamento de lucros das empresas estrangeiras que fizeram investimentos no nosso país. Será que a banca irá suportar impacto o de mais 20.000.000 de utilizadores de internet que irão usar o digital para fins comerciais?
A modernização não será só na administração pública, a utilização dos meios digitais frequentemente, irá também transformar tudo que fazemos no físico para o digital. Sobretudo os negócios.
O digital gasta todos os santos dias.
Por favor, peço a todos que amam Angola acima de tudo e os Angolanos, ou mesmo pelo compromisso de deixar uma Angola melhor para o nossos filhos, a partilhem está mensagem de modos a chegar ao conhecimento de sua Excelência Presidente da República!
Temos que olhar para as prioridades, sobretudo no coletivo, que seria o complementar da pirâmide do ecossistema digital Angolano. Não devemos adiar mais um coisa importante ao país, que se pode fazer agora.
Devemos uma Angola melhor para os nossos filhos!
Luanda aos 22 de Julho de 2024