Luanda - Os membros do Executivo e as figuras políticas do partido MPLA são as pessoas que mais têm sofrido sequestro de contas nas redes socias, sobretudo no WhatsApp.
Fonte: NJ
Recentemente, três ministros em exercício, dois magistrados judicias e seis figuras políticas (do MPLA) sofreram burlas de milhões de kwanzas, porque acederem aos falsos formulários de actualização do aplicativo bancário "BAI Directo" e "Multicaixa Express", apurou o Novo Jornal junto de fontes dos órgãos de investigação do Ministério do Interior (MININT).
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) lançou, na semana passada, um alerta para esquemas de roubo de dados de acesso às contas do WhatsApp envolvendo falsos funcionários de alguns bancos e empresas públicas. O mesmo acontece noutras redes sociais, com vários cidadãos ainda por identificar a usar perfis falsos onde se fazem passar por figuras públicas para roubar e enganar outros.
Este problema agrava-se quando, a partir desta conta, os criminosos têm acesso a outros dados, como, por exemplo, de contas bancárias, imagens íntimas que permitem chantagens ou, entre outros, fazer pedidos de dinheiro a "amigos" ou "familiares".
Fontes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) asseguraram ao Novo Jornal que são muitas as figuras politicamente expostas que sofrem sequestro de contas nas redes sociais por burladores.
Conforme as fontes, muitas destas figuras acabam por detectar o ataque e prontamente comunicam aos órgãos de investigação.
Muito recentemente, avançou uma fonte policial, um político renomado do MPLA viu a sua conta do WhatsApp hackeada e o falsificador burlou uma outra figura política em 1,5 milhões de kwanzas.
A mesma ilicitude ocorreu com uma magistrada do Ministério Público (MP), que transferiu 500 mil kz após solicitação de pedido de ajuda no WhatsApp por alguém que se fez passar pelo seu pai, um oficial general, que, afinal, tinha a conta igualmente hackeada.
Na semana passada o SIC alertou aos cidadãos de forma geral que há um grupo de cidadãos, por identificar, que se fazem passar como funcionários de algumas empresas prestadoras de serviços, como a UNITEL, ENDE, EPAL, BAI, BFA, entre outras, com o pretexto de actualização de dados, solicitando por essa via aos clientes que partilhassem um código, que dá acesso ilegítimo à sua conta do WhatsApp.
Fontes do SIC asseguram que 24 cidadãos estão a mira do Serviço de Investigação Criminal sob fortes suspeitas de hackearem contas de terceiros, e que todos estes suspeitos operam fora da província de Luanda.