Luanda - “Se os ‘mais velhos’ fossem visionários, empáticos e altruístas, apesar do longo período de guerra, Angola seria muito melhor. Se os ‘mais belhos, fossem Iluminados, usando as nossas riquezas e o valor dos empréstimos contraídos a vários países, Angola seria um país mais desenvolvido”. Que pena!
Fonte: Club-k.net
1 - O MPLA não é um partido só dos “mais velhos”, Nem é constituído maioritariamente por pessoas desse escalão etário. Com efeito, o MPLA é constituído por “mais velhos”, membros de média idade e, maioritariamente, por jovens. Os “mais velhos” já tiveram oportunidade de estar no Poder. Muitos deles já desempenharam diversas funções políticas e administrativas, quer na assembleia geral, quer no governo. Alguns até já exerceram a função de Vice-Presidente da República e de Presidente da Assembleia Nacional. Grande parte dos “mais velhos” exerceram as funções para as quais foram nomeados por gratidão pela Luta Armada de Libertação Nacional, mesmo sem ter luzes. De qualquer modo, devemos agradecer-lhes por nos terem concedido a Independência. Contudo, a maior parte dos “mais velhos” não estão associados a ideias e projectos dignos de louvor. Não são homens e mulheres iluminados, são as devidas excepções.
2 - Em consequência da governação dos “mais velhos”, actualmente, temos municípios desorganizados, urbanizações sociais sem, água, luz e asfalto e muitas ruas sem nome e casas sem número de polícias. Essa despreocupação com as criação das melhores condições de vida dos angolanos é reflexo da experiência de indivíduos pobres na era colonial. Com efeito, moradores dos musseques, durante a infância e a adolescência. Criticaram se e lamentaram pelas más condições de vida nos “bairros indígenas”, no tempo colonial, inclusive o cantor Santocas “chorou muito”. Porém, quase 50 anos de Independência, muitos angolanos vivem em piores condições em comparação com as condições do tempo da quela Senhora, que lhes deu educação.
3 - São os “mais velhos”, quem construíram ou permitiram a construção de urbanizações com prédios e/ou vivendas sem água corrente. Que falta de visão! Que pena!
4 - Foram os “mais velhos”, que, ignorando o sofrimento do Povo, autorizaram a importação de viaturas sofisticadas com grande custos para o Estado. Foram os “mais velho” que não investiram nos sectores da educação e da saúde. São eles quem mandavam os seus filhos estudarem no estrangeiro, deixando os filhos do Povo em escolas em más condições, sem carteiras e sem água. São os “mais velhos” quem, ao invés de investirem na assistência médica e medicamentosa, preferiam e continuam a preferir) ir ao estrangeiro à procura de tratamento a investir ambiciosamente no sector da saúde. A maior parte dos “mais velhos” morrem no exterior do País e regressam, como cadáveres, a Angola. Já não nos importamos do facto de serem enterrados no cemitério da elite - Miramar. Seria bom, se, ao menos, cuidassem dos cemitérios do Povo. Nem isso!…
5 - Entretanto, são muitos “muitos velhos” que destruíram lares de jovens e de homens de barba rija. Com efeito, assediavam as suas mulheres, sobretudo as mais lindas. Coitados dos jovens e homens que não podiam reagir ao “ngombelamento” das suas mulheres. Esse mau hábito dos “mais velhos” passou a ser cultural. Era e é seguido por alguns políticos, governantes e gestores “ngombires”. Por causa dos “mais velhos, em Angola, ser ou ter uma mulher linda é um grande risco. Raramente se livram do assedio sexual. O assédio sexual no partido e nas actividades laborais é normal. Entretanto, foram alguns dos mais velhos” que foram apanhados com malas de dinheiro e que retinham moedas nacional e estrangeiras em casa. Em relação a isso, muitos cidadãos os imitam. Faço menção da mala com cem milhões de Kwanzas não declarados. Sinceramente!…
6 - Por é que “os mais velhos” do MPLA querem continuar no Poder, particularmente, no Poder Presidencial? Por que é que querem sugerir candidatos da sua geração que não foram brilhantes durante o exercício de diversas funções políticas e governamentais? Por que razão os “mais velhos” teimam em se manter no Poder? Eles deviam ter consciência de a assunção do Poder é para homens e mulheres e jovens altruístas, empáticos, visionários e comprometidos com as aspirações dos cidadãos. Gostava que os “mais velhos” nos indicassem dois contemporâneos seus que têm as virtudes mencionadas.
7 - Nós devemos valorizar as experiências de vida dos “mais velhos”. Devemos valorizá-lós como conselheiros, conquanto seja difícil aceitar alvitres de pessoas que não fizeram o que deviam fazer, aquando do tempo que estiveram no poder.
8 - “Mais velhos”, não! Já chega! Escrevam as memórias. Espero que aproveitem a lucidez para escrever parte da História de Angola. Aconselho-os a fazerem turismo interno, para se entreterem e reflectirem sobre o não fizeram e deviam fazer na sociedades que visitarem.
9 - Todos os membros do MPLA devem analisar devidamente os requisitos de um bom candidato a líder do MPLA. Além dos requisitos estabelecidos nos estatutos do MPLA, os candidatos líder do partido têm de ter requisitos especiais, de modo a que o MPLA tenha a expectativa de obter bons resultados eleitorais, especialmente em relação à eleição número de considerável de deputados. .
10 - Salvo devidas excepções, os “mais velhos” não têm luzes. Além disso, entre eles, há muita rivalidades e ressentimentos, devidos a várias razões. Se um dos “mais velhos”, eduardistas, for Presidente da República, poderá perseguir gratuitamente o actual Presidente. Será uma repetição do erro deste em relação ao seu antecessor. Entretanto, se um dos “mais Velhos”lourencista (incluindo a Primeira-Dama) for Presidente da República, haverá uma continuidade do lourencismo, o que muitos cidadãos já não desejam - entre eles membros do MPLA, dos partidos da oposição e cidadãos apartidários. Digo isto, porque tenho tido contacto com muitas pessoas, em pessoa e através das redes sociais. Comunico-me em privado com muitos membros do MPLA e com um número considerável de cidadãos apartidários, através das redes sociais. Muita gente não tem noção desta minha realidade. Tenho mais de dez mil contactos, entre os quais de políticos, governantes, funcionários públicos, militares, agentes polícias, religiosos, desportistas, jornalistas, comerciantes, professores, arquitectos, economistas, médicos e juristas; músicos e actores; fotógrafos e discotequeiros (DJ); lavadores de carros, endefores em mercados, zungueiros; antigos colegas laborais e acadêmicos e alunos; familiares e alunos; vizinhos e pessoas conhecidas de diversos locais e convívios; e estrangeiros residentes dentro e fora de Angola. Portanto, comunico-me com muitas pessoas, o que me permite colher muitas opiniões.
11 - Entretanto, os “mais velhos” não garantirão a coesão e a evolução do MPLA. Em relação a possível candidatura à Presidente da República, os “mais velhos” não trarão ideias e projectos significativos para o desenvolvimento de Angola, pelo que provocarão a derrota do MPLA ou a diminuição significativa do número de assentos parlamentares.
12 - O MPLA, actualmente com baixa credibilidade e popularidade, precisa de um candidato presidencial que dê esperança ao Povo angolano. Precisa de um candidato que, ao menos, lhes faça sorrir. É importante sobrepor os interesses do partido aos dos indivíduos, de pessoas isoladas ou organizadas em pequenos grupos.
13 - Na hipnose de um dos “mais velhos vir a ser candidato a Presidente da República, em reacção, haverá protestos eleitorais, mesmo no seio do MPLA. Muitos militantes, para não votarem na UNITA, votarão em pequenos partidos ou em partidos emergentes. Os mais fiéis ao partido abster-se-ão. Não se sentirão motivados a votar em algum partido. Em 2022, foi assim. Depois, não digam que não avisei os meus correligionários.
14 - Se de eleições em eleições, o MPLA tem sido considerado “partido menos 10%”, nas próximas eleições gerais, poderá ter um resultado de menos 20% em relação no cotejo com os resultados de 2022. Nesse caso facilmente previsível, os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA serão alvos de “bullying político”.
15 - Com base no exposto, em relação ao cargo de Presidente da República, digo, sem hesitação,, “‘Mais Velhos”, “népias”. Desculpem-me! Quis dizer “‘Mais velhos”, não!”. Não mesmo!
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*Este baseado em constatações, serve para reflexão e discussão dos meus compatriotas, especialmente, os meus correligionários, bem como para todos os estrangeiros angóflios ou interessados em questões relacionadas com Angola.