Luanda - INTRODUÇÃO: O presente trabalho faz menção sobre a questão da migração interna e externa em Angola.

Fonte: Club-k.net

Angola é um dos países africanos que também tem vivido grandes problemas da migração, com maior particularidade nos últimos anos, tendo em conta o final do conflito armado. Trata-se de uma temática de grande relevância nos dias de hoje, uma vez que números indicam que cada dia a um aumento de pessoas no país, alguns sem abrigo vivendo na rua, outros em centros de acolhimentos.


O assunto foi abordado com vigor, rigor e objectividade uma vez que, os efeitos da globalização, os fluxos migratórios de uns países para outros, assumem uma importância a escala mundial a que os angolanos não poderiam permanecer alheios, estando sujeitos a diversos fenómenos, mormente, a aculturação, miscegenação, anomia, perda de valores culturais e de identidade, entre outros.


O termo emigração designa tradicionalmente o acto de emigrar, isto é, a saída de alguém com ausência suposta de duração significativa, do país que é seu, por relação de nacionalidade e por vivência no território politicamente lhe está adstrito.


A emigração assume formas e características diversas, espacial ou temporariamente, em função de variáveis políticas, económicas ou sociais, que caracterizam os movimentos assim designados e, ainda, de determinantes de natureza cultural que envolvem os actores que os realizam (Trindade, 1995).


O fenómeno fluxo migratório é o conjunto considerável de pessoas, traduzido nos movimentos de entrada e saída. Este conceito traz consigo a necessidade de compreender dois outros conceitos fundamentais, o de migração e o de emigração muitas vezes alvo de confusão ou uso incorrecto. Cada dia que passa, em todo o mundo aumenta o número de pessoas que imigram de um ponto para outro. Tendo em conta os aspectos acima expostos, formulamos a seguinte questão científica: Como avalia a migração interna e externa em Angola? Para responder esta questão, traçamos os seguintes objectivos da pesquisa: Objectivo geral: Avaliar a migração interna e externa em Angola. Objectivos Específicos: definir o conceito de migração, descrever os factores da migração, identificar os tipos de migração, caracterizar a migração no contexto angolano.

CONCLUSÃO

O objectivo central deste trabalho foi efectivamente avaliar a migração interna e externa em Angola.

A gestão das migrações é fundamental para o apetrechamento do Estado, a nível técnico e humano, no trabalho de administração das políticas migratórias, emerge como ferramenta de inestimável valor e em evolução constante, cabendo aos governos a sua boa utilização.
Deste modo, após termos analisado e interpretado de forma aturada os resultados obtidos no trabalho do campo, chegamos as seguintes conclusões:


As razões das imigrações, assim como as suas consequências, estão bem desenvolvidas em muitas obras de história. Mas importa assinalar que o século XIX registou a maior concentração demográfica de portugueses em território nacional, sobretudo quando começou o período colonial.


As causas da migração são as seguintes: a falta de condições sociais apropriadas tais como: o emprego, a falta de escola, falta de serviços médicos e de saúde, locais de lazer, centros de formação profissional e energia eléctrica entre outras.


Os principais factores que podem estar na génese dos movimentos migratórios e os agrupou em dois blocos que são: Factores Positivos: Factores positivos políticos: Representações diplomáticas, reforço das relações políticas e cooperação; Factores positivos económicos: Integração no mercado internacional, oportunidade de negócio, reforço de parcerias, pesquisa, unificação familiar, férias e o turismo; Factores Negativos: Factores negativos Políticos: Guerras, crise política, opressão, perseguições, ditaduras; Factores negativos económicos: Pobreza, desemprego, nível de vida sombrio; Factores negativos naturais:

Catástrofes naturais.


Os portugueses foram responsáveis pela emigração forçada de milhares de angolanos durante o comércio triangular e foram, igualmente, dos primeiros povos do mundo ocidental a imigrar em “massa” para o território angolano.


As razões de tal imigração, assim como as suas consequências, estão bem desenvolvidas em muitas obras de história.

Bender explica que “a necessidade de se criar uma população branca estável, a fim de assegurar a hegemonia portuguesa em Angola, estimulou Lisboa a tentar diversos esquemas de povoamento branco rural a partir dos fins do século XIX”. Essa iniciativa da administração colonial portuguesa, assinada por Bender, definia uma das estratégias da sua política que assentava em três pilares, como sublinha Lukonde Luansi:3 exploração económica por meio do trabalho obrigatório e contratado, assimilação e a aculturação e a emigração organizada.


A terminar, como última nota conclusiva, é de referir que, a presente investigação não deve ser considerado como um produto acabado, por ser apenas um pequeno contributo e uma demonstração daquilo que é a qualidade e quantidade de conhecimentos adquiridos em torno dos factores da migração interna e externa em Angola.

2.Gerald, Bender (2004, p. 118).
3.Lukond euansi (2003, p. 5).