Luanda - O pior cenário possível se verificou em Moçambique. O presidente Filipe Nyusi decidiu assassinar o seu próprio povo. Em conversa com altos funcionários do Estado, as forças moçambicanas, tanto militares quanto as forças da ordem pública, se negam a cumprir as suas ordens.
Fonte: Club-k.net
O mesmo recorreu a mercenários ruandeses, e o presidente de Angola, João Lourenço, acaba de mandar mais de 300 militares para apoiar a ditadura em Moçambique. Mas os militares são cidadãos, os policiais são cidadãos. Se até Daniel Chapo admite que o povo não o quer, por que essa tragédia? Os juízes são cidadãos, os homens da segurança são cidadãos. Nem os ruandeses nem as tropas do João Lourenço têm o direito de impedir a revolução, porque a revolução é um sentimento legítimo que não se extingue, não se controla nem se mata, e para nós é uma herança. É urgente uma intervenção em Moçambique. É um país belo e rico e não deve voltar a ser um exemplo de pobreza e desgraça.
A Anistia Internacional tem acompanhado e relatado as mortes e detenções. Vejam os relatórios: mortes, centenas de presos, imagens violentíssimas da violência policial, com invasões às casas e matando pessoas nas suas próprias residências. Os policiais que puderam falar dizem que não são eles, outros afirmam que estão divididos, mas agora pouco podem fazer porque são os ruandeses que estão a matar os cidadãos moçambicanos. Hoje é clara a descrença nas instituições, principalmente as internacionais, que estão quase em falência, com a perda ou extravio das suas vocações, muitas vezes incapazes de se fazerem cumprir, emitindo meros pareceres. Portugal deveria se preocupar mais. Moçambique é um país rico, importante para o mundo, e muito mais deveria ser para a comunidade dos países de língua oficial portuguesa.
Edgar Kapapelo
Jurista
Representante da UNITA em Portugal