Luanda - O maior partido na oposição, a UNITA, apresentou nesta terça-feira, 21 de 2025, em conferência de imprensa, em Luanda, as vias para a recuperação da economia do país, a restituição do poder de compra das famílias, consequentemente o fortalecimento do empresariado nacional e do sector privado, e a duplicação do BIP do actualmente existente, no ciclo governativo 2028-2032.

Fonte: Jornal Digital “Terra Angolana”

De acordo com o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que presidiu o encontro, apresentou, apenas um crescimento económico robusto, contínuo, sustentável e ininterrupto, década após década, resolve o problema, tudo o resto é mera propaganda.


Para o Presidente da UNITA, “sabe-se, pelo menos, que a população total hoje é de aproximadamente 38 milhões de habitantes”, realçando também que, com base nestes pressupostos, procuramos, então, estimar o tamanho que a economia angolana teria que atingir, o PIB necessário, para se obter a referida recuperação, cerca de 187 mil milhões de dólares.


Na posição do responsável da UNITA, “assumindo que o crescimento da economia seja de 3% ano, seriam necessário 23 anos para a economia angolana duplicar o seu tamanho actual”, sustentando também que, em caso de 1 por cento do crescimento da economia, seriam necessário 70 anos.

Para o líder partidário, para a duplicação do crescimento da economia angolana em 10 anos, “seria necessário crescer no mínimo, 7% ao ano de forma ininterrupta. Uma taxa de crescimento anual de 10% ao ano, permitindo reduzir o tempo, para 7 anos”, disse o Presidente da UNITA, para quem, se olharmos para o histórico de crescimento económico da China, iremos constatar o seguinte, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 1980 a 2020, em 40 anos de actividade económica, a China não experimentou um único ano de recessão, apenas taxas positivas que resultam numa média de 9% ao ano durante 4 décadas.


“O milagre chinês tem um nome: reformas institucionais e pró-mercado”, disse o líder partidário.


De acordo com o Presidente da UNITA, “sobre esta capacidade de efectuar reformas, sacrifícios e transparência, os angolanos já perceberam que não será possível com este regime, com este governo que virou as costas ao país e trata apenas dos interesses do seu partido e do enriquecimento astronómico dos chefes”.


“Pelo contrário, um alternância política em 2027 proporcionará o choque positivo necessário para, com a urgência devida, ser possível implementar reformas políticas pró-sociedade e pró-mercado que Angola carece urgentemente”.


O Presidente da UNITA que apresentou três fases possíveis para a recuperação da economia nacional, sustenta que, na fase dois, que também, intitula de ciclo de melhoria das condições de vida dos angolanos, sustenta que, o desafio deve consistir em duplicar o PIB anteriormente estimado de 187 mil milhões de dólares em cada sete anos no máximo, almejando, para tal, um crescimento ininterrupto médio anual de 10% ao ano.


“Assim, passar-se-ia para uma economia avaliada em 374 mil milhões de dólares, depois para 748 mil milhões de dólares, e assim sucessivamente. Com o PIB de 748 mil milhões de dólares, espera-se uma população de 60 e 70 milhões de habitantes, mas ainda assim, um rendimento médio por habitante superior a 10 mil dólares ano”, o responsável partidário, acrescentando que, a taxa da população a viver com menos de 2 dólares por dia reduzir-se- ia dos actuais quase 50% da população para zero.