Luanda - Em mais um capítulo fascinante da série "Quem Tem Pai, Tem Tudo", Cristina Giovanna Dias Lourenço, filha do Presidente João Lourenço, assumiu interinamente a presidência da Comissão Executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA). A nomeação, que ocorreu no dia 6, deve-se à saída de Walter da Cruz Pacheco, que decidiu explorar novos horizontes – provavelmente num universo onde a meritocracia tem outro significado.
Fonte: Club-k.net
Mas não foi apenas Cristina que teve um golpe de sorte nesta reconfiguração. Também saíram de cena Odair José Rodrigues da Costa e, para manter o espectáculo a funcionar, foram nomeados interinamente Cleiton Pereira de Barros e Natália Carvalho de Jesus, ambos directores da instituição. Tudo conforme manda a Lei das Sociedades Comerciais e os estatutos da BODIVA – afinal, é sempre importante manter a formalidade enquanto se distribuem cadeiras.
Claro, não se trata de favoritismo, longe disso! Trata-se, sim, de mais uma prova de que o apelido Lourenço é sinónimo de competência nata. Afinal, não é qualquer um que começa como estagiária do BAI, dá um salto estratégico para a UTAP pelas mãos do então ministro Archer Mangueira e, posteriormente, sobe mais um degrau quando a ministra Vera Daves a nomeia administradora executiva da BODIVA, em 2020. Tudo isto num ritmo tão acelerado que deixaria qualquer CEO de Wall Street impressionado.
Mas, como sempre, há os ingratos e desconfiados que ousam comparar esta nomeação com o episódio de Isabel dos Santos na Sonangol. Puro exagero, evidentemente. Aqui não há nepotismo, apenas coincidências sucessivas e um mercado de trabalho que, por um acaso do destino, favorece sempre os mesmos apelidos.
Agora, todos aguardam ansiosamente pela reunião da Assembleia Geral, marcada para Março, onde a nomeação definitiva dos novos membros do Conselho de Administração será formalizada. Mas sejamos honestos: alguém realmente duvida do desfecho desta história?