Luanda - A África Ocidental foi e continua a ser o verdadeiro palco de ensaio de uma verdadeira integração política, cultural e económica africana. A respeito dos esforços integracionistas empreendidos no transcorrer dos anos 1930 e 1940, não houve resultado algum antes de 1957. Justamente nesta data, com a conquista da independência do Gana sob a enérgica conduta de Nkrumah, somente então o pan-africanismo, como movimento de integração, realmente definiu os seus objectivos e encontrou sua dinâmica. À época, tratava-se de alcançar a integração política, cultural e económica em níveis sub-regionais e continental.
Fonte: Club-k.net
Na ocasião, era certamente Nkrumah que mostrava o caminho. A primeira iniciativa foi construir a união GANA-GUINÉ (1958) e a união GANA-GUINÉ-MALI, primeira etapa rumo à união dos Estados Africanos. A segunda foi organizar a Conferência dos Estados Independentes (CEI), sediada em Accra, em Abril de 1958, não mais que um ano após a independência do Gana. A ela participaram todos estados independentes da África de então, a saber, Egipto, Etiópia, Gana, Libéria, Líbia, Marrocos, Sudão e Tunísia. Foi sucedida pela Conferência dos Povos Africanos, igualmente organizada em Accra, no ano de 1958.
Todas estas conferências recomendavam, de modo igualmente incisivo, a integração política ou a unidade política africana. Nkrumah era o campeão neste aspecto, defendendo com ardor e paixão indomável a unidade africana e a criação de um mercado comum pan-africano. Aos seus olhos, unidade e mercado comum constituíam um pré-requisito indispensável ao rápido e total desenvolvimento, não somente do continente em sua totalidade, mas igualmente dos Estados Independentes associados no seio da união.
O nascimento de numerosos Estados Africanos entre 1960 e 1964, complicou a tarefa do pan-africanismo, como movimento de integração, contudo, incontestavelmente facilitou e acelerou o seu desenvolvimento na qualidade de libertação. Se por um lado, os novos dirigentes africanos estavam em desacordos em relação à natureza de integração política que devia ser realizada na África era quase unânime o reconhecimento da urgente necessidade em libertar inteiramente o continente do colonialismo, os Grupos de Casablanca e Monróvia continuaram fiéis ao seu compromisso histórico em favor do "Não Alinhamento" e da libertação completa das últimas colônias. Esta adesão geral em prol da libertação é realmente uma das razões, senão a principal delas, da unificação dos grupos que formaram a OUA logo após um memorável encontro em Addis-Abeba, em Maio de 1963.
A ressurreição de todo este processo que teve como artífice KWAME KRUMAH que, de seguida, Muamar Kadafi abraçou o projecto, hodiernamente apesar de solavancos que vão existindo, a África do Oeste apresenta-se mais uma vez no mapa africano na articulação de uma união política, cultural e económica, com apenas NÍGER-MALI-BURKINA FASO, tal como acontecera em 1958, isto no âmbito da Aliança dos Estados do Sahel.
A Aliança dos Estados do Sahel, é uma confederação formada pelos países descritos no parágrafo acima, que são da região do sahel uma faixa que se estende do Oceano Atlântico, no oeste, até ao Mar Vermelho, no leste, atravessando vários países. Ela actua como uma zona de transição entre o deserto do Saara ao norte e as savanas tropicais ao sul. Mauritânia e Chad são outros membros que formavam o G-5 Du Sahel.
AES busca concretizar os objectivos da melhoria da vida dos seus povos, baseados em educação, saúde, transportes, tecnologias, agricultura, integração comercial entre os três estados, ou seja, um desenvolvimento sustentável capaz de reflectir positivamente nos países membros.