Luanda - Finalmente, um acerto de contas! A exoneração do ex-director do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, não é apenas um acto administrativo, mas um prémio justo por uma gestão criativa que desafiou as leis da lógica, da matemática e até da física quântica. Afinal, sob a sua liderança, conseguimos realizar um feito inédito: um Censo Nacional onde milhares de recenseadores fantasmas trabalharam incansavelmente... sem nunca terem existido!

Fonte: Imparcial Press

É de perguntar se, em vez de estatísticas da população, o INE estava a compilar dados sobre o além. Quem sabe, num futuro próximo, poderemos descobrir que o orçamento nacional também financia hospitais para os imortais e escolas para as almas penadas.

 

Mas o mais fascinante é perceber que este golpe de génio não apenas subverteu a contagem populacional, como também redefiniu a própria governação. Como podemos combater a pobreza, distribuir recursos e planear políticas públicas se as estatísticas estão recheadas de seres invisíveis? Ah, claro, esse é apenas um "pequeno detalhe técnico" – o que importa é que os pagamentos foram bem encaminhados… para os bolsos certos.

 

Parabéns aos envolvidos neste milagre estatístico! A exoneração de José Calengi não só foi merecida, como deveria vir acompanhada de uma distinção especial: o Prémio Nacional da Criatividade Orçamental. Afinal, não é qualquer um que consegue administrar os números de um país inteiro sem que eles façam qualquer sentido.