Luanda - A ministra das Finanças concedeu recentemente uma entrevista à revista “Economia&Mercado”. Vera Daves de Sousa soltou o verbo e verbalizou sobre os sonhos que perfilhava quando gaiata e jogava garrafinha na areia e tinha bonecas de trapo como confidentes e companheiras: Os de ser dançarina ou médica.
Fonte: Club-k.net
Se fosse para dançarina, com a sua cintura de mola, teria lugar no Kilandukilo e deixaria a Margot Rasgado a roer as unhas de inveja. Se fosse para medicina, estaria em sintonia com a ministra da Saúde ou com o sindicalista Adriano Manuel. Ninguém sabe ao certo o que seria. Certo mesmo é que o País tem uma bailarina desencantada e uma médica decepcionada a arrombar impune e alegremente as Finanças Públicas.
Vera Daves de Sousa confessou, na sobredita entrevista, ser devota de orações e do Espírito Santo. Mas a sua devoção não a ajudou a materializar os seus sonhos. Milagres de santos intangíveis não funcionam na prática. Muito menos em Angola. Em 2017, aconteceu algo extraordinário na sua vida: O de ter sido escolhida para o cargo de ministra das Finanças pelo Presidente da República (PR) e Titular do Poder Executivo (TPE). João Lourenço apostou, emocionado, na dançarina desencantanda e na desiludida médica para liderar as Finanças Públicas. Foi um voto de confiança política.
Vera Daves de Sousa pontuou, em declarações à publicação “Economia & Mercado”, que o voto de confiança que lhe foi depositado pelo PR e TPE é “para os jovens, para as mulheres e para as pretas”. João Lourenço está a saída. Falta pouco. Com os assaltos milionários ocorridos na AGT e no sector de jogos tutelados pelo Ministério das Finanças que não deram em (quase) nada, a “preta” Vera Daves de Sousa traiu o voto de confiança política. Está a sujar à saída. Está a judiar da generosidade e da natureza pacífica dos angolanos. Falando depressa e bem: Borrou a escrita do seu percurso político.