Luanda - Um cidadão de nacionalidade chinesa, identificado por Chang Song Zhang acusa o antigo chefe da fiscalização de Viana, Joaquim Catana “Quim Catana”, expulso da função pública por práticas indecorosas de usurpação de um terreno adquirido em Janeiro de 2023, a um cidadão angolano, que responde pelo nome de Gaspar, no valor de 30 milhões de kwanzas, localizado na estrada de Catete, com a dimensão de 110/ 40 m2, nas proximidades da conhecida “Ponte do 25”, agora pertencente à província do Icolo e Bengo.

Fonte: Club-K.net

Em conferência de imprensa nesta quarta-feira, 16, Chang Song Zhang contou que, devido a idade avançada do senhor Gaspar, vendedor do terreno, o mesmo se fez acompanhar de seu sobrinho, Cláudio e os seus advogados identificados por Piedade e Jorge, para a celebração do negócio jurídico da venda do referido prédio rústico em pauta.

Segundo consta, no mesmo dia em que foi feito o contrato de compra e venda do terreno no valor de 30 milhões de kwanzas, o vendedor aconselhou o comprador que constitui- se como seus advogados, os senhores Piedade e Jorge, que são igualmente advogados dos Cláudio e Gaspar, este último o vendedor.

Numa exposição enviada ao Club-K pelo advogado de Chang Song Zhang, o empresário chinês teria aceitado a referida proposta e constituiu os advogados acima mencionados como seus representantes.

Entretanto, um mês depois da compra do terreno, Chang Song Zhang - proprietário do espaço ora adquirido, entendeu efectuar uma visita ao terreno com vista a colocar uma equipa de segurança, mas foi supostamente impedido por elementos estranhos, tendo na ocasião comunicado o sucedido aos advogados que garantiram a confiança para a compra do referido terreno.

“O tempo foi se alastrando, os advogados Piedade e Jorge já não atendia os telefonemas do comprador, o intermédio de nome Yuri por sinal genro do vendedor, também já atendia as chamadas telefónicas, bem como o senhor Cláudio”, lê-se.

Diante deste facto, o comprador recorreu ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), onde fez uma participação criminal, “e após uma investigação aturada os envolvidos foram notificados e por ignorância e desrespeito à lei, não compareceram, pelo que o SIC emitiu um mandado de detenção, que culminou com a detenção do senhor Gaspar – vendedor do terreno em causa, “mas que foi solto no dia seguinte sem nenhuma explicação”, disse Chang Song Zhang, que lamenta que “os restantes envolvidos nunca mais foram vistos tantos os advogados, os intermédios e o Cláudio”.

“Após uma investigação a volta do assunto, foi descoberto o matreiro por detrás desta prática de usurpação de imóvel ao cidadão chinês, Chama-se, Joaquim Catana (Quim Catana), ele conhecia o terreno, após ter se apercebido da venda do espaço, contactou umas das sobrinhas do vendedor e o próprio Cláudio, prometendo dinheiro aos mesmos”, reforça.

Quim Catana teria dito aos mesmos que não tivessem medo porquanto, quem estaria à frente da situação, seria a filha do Eugénio César Laborinho, a data dos factos era o ministro do Interior. O vendedor, senhor Gaspar, declarou nunca ter visto a cidadão angolana Amaria Mara Cláudia Laborinho, e ressaltou ainda nunca ter feito negócio com ela.

“Em função das denúncias públicas feitas por sua excelência, senhor governador do Icolo e Bengo, sobre a usurpação de imóveis, este é uma das provas das referidas denúncias”, avança a exposição do advogado de Chang Song Zhang.

Diante destes factos todos acima expostos, o cidadão chinês deseja que as autoridades angolanas, especialmente a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) a exercerem o seu papel com vista a repor a legalidade.