Luanda - Mais de 30 famílias estão em risco de perder as suas residências, devido a uma ravina de grandes dimensões (na foto), no bairro Kapalanga, no município dos Mulenvos, província de Luanda, sob o olhar silencioso do governador provincial, Luís Nunes, que segundo os moradores, mesmo conhecendo a situação, nada faz para inverter o quadro.
Fonte: Club-K.net
No local, alguns dos moradores ouvidos pelo Club-K, lamentaram que desde o mês de Janeiro do ano em curso, que receberam a visita do governador de Luanda, Luís Nunes, que constatou a realidade no terreno, nenhuma intervenção foi feita até ao momento.
Segundo os munícipes, a ravina em causa existe há mais de sete anos, mas foram os últimos dois anos, que começou a se alastrar com rapidez, em consequência das chuvas torrenciais que se abatem regularmente sobre a capital do país.
As famílias relataram o registo de mais de dez mortes de pessoas que caíram na ravina e foram arrastadas pelas correntezas das águas das chuvas, sendo que, para o presente ano, houve o registo de duas mortes, por isso chamam por uma intervenção urgente das autoridades competentes.
Entretanto, na tarde desta terça-feira, 29 de Abril, às famílias receberam a solidariedade e a visita do secretário provincial do PRA-JA, em Luanda, Serafim Simeão, que em declarações à imprensa, disse que o seu partido atendeu o “clamor da população em risco de vida”.
“viemos aqui advogar o grito de socorro das populações do Kapalanga, no município dos Mulenvos, onde encontramos uma ravina de aproximadamente 15 metros, provocada pela construção de uma canal de água pelo governo”.
Segundo Serafim Simeão, “é constante deste governo, que quando se trata de assuntos que afectam a vida da população, o governo entra mudo e sai mudo”.
O secretário do PRA-JA em Luanda, adiantou que, a sua formação política vai apresentar nesta quarta feira, 30 de Abril, um memorando ao Governo Provincial de Luanda (GPL), onde prevê apresentar como solução, a evacuação das famílias em risco para as zonas mais seguras, com vista a evitar perdas de vidas humanas.
Serafim Simeão disse que a população está votada ao abandono diante de um problema que na sua visão carece de uma solução urgente.