Adulteração das actas eleitorais
Essa é uma afirmação verdadeira, e ela aplica-se acima de tudo, em relação a forma tão brutal e perversa como tem vindo a ser governado pelo MPLA, ao longo dos mais de trinta anos. Angola, também é conhecida mundialmente pelas suas belezas naturais, pela criatividade do seu povo e acima de tudo pelos seus recursos naturais.
Infelizmente nenhum acto de boa fé destaca Angola quer a nível externo ou interno. É preciso corajosamente, não fugirmos a esta realidade; somos considerados um dos países mais corruptos do planeta, e é verdade. Chegando mesmo a corrupção política ás raias da loucura, viciando todas as estruturas existentes no país desde a base até ao topo. Estas atrocidades tem contribuido em grande para manchar a credibilidade total de Angola.
Com o aproximar das eleições, deveríamos parar um pouquinho reflectir e não desperdiçarmos esta grande oportunidade, para mudarmos o caminho que as coisas tomaram, sob pena de se assistir a uma deterioração de valores, e uma irreversível vitória da barbara frente a lei civilizadora. Em Angola o governo, usa e altera às leis ao seu belo prazer, cria comissões que são puramente uma grande farsa, porque defendem descaramento interesses partidários.
Vejamos a dita, comissão eleitoral. Como pode merecer credibilidade quem divide os angolanos e fica calado perante o mexer e remexer da lei, em claro benefício dos mesmos de sempre? É curioso, quando ela foi criada surgiram cegamente alguns elogios que soavam a exagero de bajuladores, e na ironia de um provérbio (Os bajuladores parecem-se com amigos, assim como os lobos se parecem com cães).
Um elogio é particularmente útil e importante, quando é necessário reforçar a motivação e a autoconfiança de pessoas quando inexperiente e inseguras. Não é o caso desta comissão que já nasceu com muitos vícios, lição bem estudada e pronto a manobrar o jogo eleitoral porque finalmente têm a bola e o jogo todo sobre seu controlo. O bom elogio é dirigido a algo de concreto, específico, que merece a nossa confiança e aprovação: uma qualidade, um esforço ou um resultado positivo em prol de causas justas. O elogio desproporcionado é ineficaz e pode até produzir efeitos contrários.
É preciso não sermos loucos a pontos de exigirmos, eleições transparentes, justas e livres, quando esses princípios infelizmente, nem se quer fazem parte da própria filosofia de vida do MPLA, que todos nós conhecemos. Estou neste momento, a recordar-me de um grande e velho combatente dos tempos nas matas do Maiombe, Belize, Sanga planice, Mikongi e Buku Zau que dizia: (As eleições nem sempre se ganham ou se perdem, no dia em que elas ocorrem). Pois, a prática do fraudo eleitoral tornou-se comum nos países africanos onde principalmente, os seus governantes andam dezenas de anos no poder, apesar de governarem desastrosamente e não terem vergonha de humilharem seus próprios irmãos, como no caso concreto de Angola.
Entre outros planos próprios de governos ditatoriais, uma das práticas mais comum em África para a fraudo eleitoral é a coação sobre os eleitores antes de serem devidamente apurados e contados coisa essa que já começou em Angola. Adulteração das actas eleitorais, modificando os números reais começa a serem ensaiadas, a substituição de boletins pré-preenchidos nas
urnas, introdução de boletins pré-preenchidos nas urnas para não falar dos já habituais subornos de pessoas cautelosamente escolhidas para a contagem de votos.
* Fernando Vumby
Fonte: Club-k